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Afinal, um impeachment de Dilma é de fato possível?

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São Paulo – De posts e eventos nas redes sociais até discursos de políticos da oposição e aliados, nos últimos dias a palavra impeachment vem aparecendo com frequência. Mas a presidente Dilma Rousseff realmente corre o risco de ter seu segundo mandato encurtado?

Um estudo elaborado pela consultoria política Arko Advice mostra que as chances de um impeachment são de 30%. No início do mês, esse índice estava em 15%. Apesar de o aumento significativo, a possibilidade de abertura de um processo para impedir que Dilma termine o seu segundo mandato é bastante remota.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, principal desafeto da presidente atualmente, diz que não vê espaço para a discussão de um possível impeachment.

Na prática, qualquer cidadão pode entrar com uma denúncia contra a presidente por crimes de responsabilidade, mas cabe ao presidente da Câmara dos Deputados julgá-la procedente e abrir uma comissão especial para analisar o pedido.

Para que o processo de impeachment seja aberto, dois terços dos deputados devem votar a favor da sua instalação. O Senado então deve decidir, na mesma proporção, se o mandato pode ser interrompido ou não.

No caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o processo para o impeachment durou cerca de sete meses, desde a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito, em 1º de junho de 1992, até a renúncia de Collor, em 29 de dezembro de 1992.

“O impeachment é uma medida de exceção”, afirma Cláudio Pereira de Souza Neto, professor de Direito Constitucional na Universidade Federal Fluminense (UFF).

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O momento histórico atual difere (e muito) do Brasil de 22 anos atrás. “O PT não é o PRN. Quando se tirou o Collor, o país estremeceu, mas se reergueu. Se o PT cair, não vai ser fácil”, afirma Humberto Dantas, professor de Ciências Políticas do Insper, em São Paulo.

“Seria uma situação muito ruim para a democracia brasileira”, afirma Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP). “No caso de um impeachment, assumiria o vice [Michel Temer], que tem uma visão política diferente da de Dilma. Para a maioria que votou no PT, vai ficar a sensação de que isso está sendo um golpe baixo”, diz Janine Ribeiro. (EXAME)

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