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DICAS E CONCURSOS

Currículo mal elaborado reprova um a cada cinco candidatos

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Erros gramaticais, omissão de dados e falta de organização do currículo. Esses são os principais motivos que levam 20% dos candidatos a ser eliminados precocemente dos processos seletivos, segundo dados do Gi Group, consultoria de recursos humanos, recrutamento e seleção.

Thais pesquisou modelos na internet antes de fazer o próprio currículo (Foto: Evandro Veiga/CORREIO)

Por ser a porta de entrada para as oportunidades de emprego, um currículo bem estruturado pode fazer a diferença para conseguir uma das três mil vagas temporárias que serão abertas na capital baiana para as festas de final de ano. “Os currículos têm melhorado, mas ainda encontramos falhas graves como experiências não reais e foto de casamento como imagem no arquivo”, aponta Cinara Soares, consultora de seleção da empresa.

Por mais qualificado que o profissional seja, o currículo não deve ser muito extenso. “Ter mais de três páginas é inadequado. O currículo precisa ter um objetivo claro e sintético  que venda aquele candidato de uma forma direta”, afirma  Margot Azevedo, vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos. Segundo ela, colocar RG, CPF, nome da mãe ou pai no currículo também não é correto. “Precisa ter o nome completo e formas de contato, como celular, WhatsApp e e-mail”. O endereço físico, para ela, é dispensável.

Para todos os especialistas ouvidos pelo CORREIO, é imprescindível ter o campo “Objetivo” no currículo, que deve falar de forma clara e direta em qual a área o candidato pretende atuar. “Quanto mais o objetivo estiver casado com a vaga oferecida, melhor”, diz Margot. Por isso, é importante ter um tipo de currículo para cada perfil de oportunidade que se está buscando. “Dá para fazer pequenas modificações estratégicas a depender da vaga. Você pode ressaltar as qualificações mais relevantes para a oportunidade e diluir as que não são tão importantes. Toda informação, no entanto, precisa ser verdadeira”, reforça.

No caso da vaga temporária, as empresas que contratam, esperam um profissional que tenha experiência na área, além de um perfil que se aproxime da equipe já existente, como explica Larissa Meiglin, supervisora de assessoria de carreira da Catho. Para quem  não tem muita experiência, vale a pena destacar os cursos realizados que tenham relação com a área procurada. “É uma forma de mostrar interesse”, pontua.

Modelos
E os questionamentos na hora de fazer um currículo surgem até para quem já preencheu o documento anteriormente. Na hora de buscar uma vaga de estágio, a estudante de Relações Públicas Thais Mattos recorreu à internet. “Pesquisei vários modelos e fiquei sem saber  se  colocava ou não foto, quantas páginas tinha que ter ou se eu deveria detalhar todas as experiências”, relembra. “Na  minha área, algumas pessoas recomendam a elaboração de um currículo mais criativo. Um amigo fez um leiaute para mim, mas já ouvi também que esses modelos não são tão bons assim”, completa.

Para a supervisora da Catho, as opções criativas podem ser interessantes em algumas áreas. “Currículos diferentes são cada vez mais bem recebidos. No entanto, o arquivo não pode deixar de lado informações importantes”.  Por ter experiência em mais de uma área, Gladys Silva possui dois tipos de currículo. E ainda assim tem dúvida sobre como explicar o “Objetivo”. “Fiquei sem saber o quão específica deveria ser”, diz. A regra, neste e na maioria dos casos, é ser clara, conforme ressaltaram os especialistas.

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