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Dez meses após Olimpíada, Isaquias Queiroz diz ainda ter pouco apoio: “Espero que mude”

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Em 2016, Isaquias Queiroz escreveu sua história no esporte nacional e apresentou a canoagem para o público que desconhecia essa modalidade antes dos Jogos Olímpicos, quando o baiano de Ubaitaba se tornou o único brasileiro a conquistar três medalhas na mesma Olimpíada. Com essa marca, ele foi um dos atletas mais requisitados pela imprensa e saiu do anonimato às manchetes jornalísticas. O campeão olímpico foi inclusive o destaque, nesta quarta-feira (07), do lançamento do edital do governo do Estado para a construção de três centros de canoagem na Bahia. 

Embora tenha conseguido esse cartaz no ano passado, sua situação financeira ainda não difere tanto em relação à anterior aos Jogos e ele ainda carece de investimentos. “Ainda não. Espero que mude um pouco mais. Estou vendo alguns patrocinadores. Estou vendo com a Bahiagás, se consigo um apoio financeiro com eles. Deixo um pouco mais para frente o que vai ser. Mas, se não mudar, vou continuar treinando pra ganhar medalha. Pra mim, o importante é competir”, disse, em entrevista ao Bahia Notícias.

De acordo com o atleta de 23 anos, o que mudou efetivamente em sua vida foi o contato com o público. “O que mudou mesmo foi em relação ao reconhecimento e a fama. Não gosto muito de falar em fama, prefiro falar no reconhecimento, pelos resultados. Tirando isso, continuo o mesmo cara, a mesma pessoa”, garantiu.

Atualmente, Isaquias treina em Belo Horizonte e também diz não ter visto mudanças na estrutura. Mas, neste caso, ele crê que não precise haver nenhum tipo de alteração. “A gente não viu nada de melhoria. A gente quer continuar treinando do mesmo jeito que estava. A gente não tem esse equipamento todo, como uma academia de mil e uma maravilhas, que custa milhões de reais. (…) Não tem como melhorar mais nada. Temos os barcos, os materiais que gostamos… O essencial é o treinador e ele está com a gente. Para a gente, é o suficiente”, ressaltou.

O atleta também voltou a criticar a retirada da prova de C1 200 m da Olimpíada de 2020, em Tóquio – nesta prova, ele conquistou a medalha de Bronze no Rio de Janeiro. “Eu acho que foi uma jogada de mestre por parte de algumas pessoas para beneficiar outros atletas. Não tem como você tirar o C1 200 m e deixar só o C1 1000 m. Isso vai prejudicar, sei lá, vários atletas, do mundo inteiro. Imagine, você tem um trabalhador que sabe fazer conta e outro que sabe a escrita. O cara que faz a conta não vai trabalhar mais se só tiver a parte da escrita. É a mesma coisa. Há um trabalho diferente. No C 1000 há um trabalho de remada e no 200 é só explosão. Isso que fiquei chateado, de prejudicar alguns atletas. Se for para pensar no próximo, tirava o 1000 e o 200 e coloca o 500, que é uma prova intermediária entre os dois. Dava para todo mundo remar”, opinou.

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