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Em estiagem, produtores de cacau pagam por serviço de chuva artificial

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Chuva vai contemplar, inicialmente, quatro cidades do sul da Bahia.

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Produtores de cacau se uniram para arrecadar dinheiro e pagar por um serviço de chuva artificial. O objetivo da ação é evitar mais prejuízos nas lavouras que estão secas e os pés de cacau estão morrendo. A situação ocorre por conta da estiagem que já dura quatro meses.

Árvores de cacau secas no sul da Bahia (Foto: Imagens/ Tv Bahia)

Nesta segunda-feira (14), as nuvens serão bombardeadas com água, gelo seco e outros componentes que provocam a chuva artificial. A esperança dos agricultores é de que até quinta-feira (17) o trabalho dê resultado e chova na região.

“Nós pensamos em contratar uma empresa porque a situação está preocupante. Estamos nos movimentando para arrecadar dinheiro e fazermos esse trabalho. Inicialmente, a chuva vai atingir Ilhéus, Itabuna, Uruçuca e Itajuípe. O custo fica entre R$ 180 e R$ 240 mil. O avião vai ficar por aqui até quando a gente tiver dinheiro para pagar”, disse Milton Andrade, representante do Sindicato Rural de Ilhéus.

Pedras à mostra por onde o Rio Almada passava na cidade de Almadina (Foto: Imagens/ Tv Bahia)

Pedras à mostra por onde o Rio Almada passava na cidade de Almadina (Foto: Imagens/ Tv Bahia)

A estiagem
Os municípios da região sul estão enfrentando a estiagem e a situação está se agravando. É  o caso de Almadina. Na cidade, os produtores rurais estão passando por dificuldades para conseguir água. A cidade ainda não será beneficiada com a chuva artificial e não tem previsão de quando a situação ocorrerá.

O Rio Almada, que fica no município. está completamente seco e o abastecimento em pelo menos oito cidades da região está comprometido. O rio leva água a mais de 530 mil pessoas. O leito do rio agora, só tem folhas secas.

Everaldo Ribeiro, que mora em um fazenda em Almadina há 61 anos, relata que depois de tanto tempo passa pela situação de estiagem pela primeira vez. “Tá difícil mesmo. Não tem água, sem comida para o gado”, disse.

Por conta da situação, Everaldo investiu R$ 5 mil em um poço artesiano, que ainda não está pronto. Contudo, nem todos os produtores têm condições de fazer um poço e, com isso, são obrigados a enfrentar a estiagem, a vegetação seca e a falta de água.

O trabalhador rural, Reginaldo de Jesus, que mora perto do rio, onde costumava ser um balneário, está sentindo na pele o que é ficar sem abastecimento. “Antes era beleza, a água corria com fartura, tinha peixe e agora não tem nada, só tem pedra”, contou.

Por toda a região os lagos estão secando. Também há áreas inteiras queimadas. Em Coaraci, por exemplo, o nível do rio também baixou muito. Dá pra ver que água esta empoçada, tem baronesas e mau cheiro.

O diretor administrativo da Associação de Desenvolvimento e Integração do Sul da Bahia (Adisb) acredita que a situação poderia ser diferente se ocorressem ações de preservação e conservação ambiental. “Um problema que já se transformou em um grande desafio para aquelas pessoas que hoje querem fazer alguma coisa pelo rio”, disse Saulo Oliveira.

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