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Juiz Sérgio Moro solta dois presos da 29ª fase da Operação Lava Jato

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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, revogou nesta sexta-feira (27) a prisão temporária de Lucas Amorin Alves e de Humberto do Amaral Carrilho – ambos foram detidos pela 29ª fase da Operação Lava Jato.

Juiz Sérgio Moro solta dois presos da 29ª fase da Operação Lava Jato
“Após o exame de todo o material apreendido, poderão os investigados, se for o caso, serem chamados novamente a depor”, afirmou o juiz no despacho. Pouco antes da decisão, a Polícia Federal (PF) havia se manifestado a favor da soltura dos dois investigados. O Ministério Público Federal (MPF) não tinha se manifestado até a decisão do juiz.

Alves foi preso na segunda (23), dia da deflagração da 29ª etapa da operação. Já Carrilho se entregou à PF na quinta-feira (26), pois estava fora do país.

A 29ª fase tembém expediu um mandado de prisão contra o ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu. Porém, a prisão dele é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Ele segue detido na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Moro determinou medidas cautelares para Alves e Carrilho, com o intuito de proteger a investigação.

Os dois estão proibidos de mudar de endereço e de deixar o Brasil sem autorização judicial, sendo assim devem entregar os passaportes à Justiça.

Além disso, eles são obrigados a comparecer a todos os atos do processo e a atender as convocações da PF e do MPF, inclusive por telefone.

O empresário Humberto do Amaral Carrilho realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML), na capital paranaense, na manhã desta sexta. O procedimento é de praxe após a prisão. Já Lucas Amorin Alves fez o exame na terça-feira (24), junto com João Claudio Genu, de quem ele é sócio.

O empresário Humberto do Amaral Carrilho chegou ao IML em Curitiba às 10h23 e saiu às 10h39 desta sexta (27) (Foto: Giuliano Gomes / PR PRESS)

Humberto do Amaral Carrilho fez o exame de corpo de delito no IML de Curitiba na manhã desta sexta-feira (27) (Foto: Giuliano Gomes / PR PRESS)

As suspeitas
A força-tarefa da Lava Jato afirma que Genu seria o responsável por receber a propina de contratos firmados no setor de Abastecimento da Petrobras e por distribui-la. 60% dos recursos iam para o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e 30%, para parlamentares do PP.

A PF diz João Genu movimentou R$ 7 milhões, sem justificativa, entre 2005 e 2013. Há indícios de que o dinheiro era propina desse esquema de corrupção na estatal. Desse total, pelo menos R$ 2 milhões foram revertidos para benefício próprio de Genu.

Para a força-tarefa da Lava Jato, a prisão do ex-tesoureiro é estratégica para as investigações, porque mostra que o esquema descoberto da Petrobras é uma continuidade do mensalão. “O petrolão é continuidade do mensalão. Está cada vez vez mais demonstrado”, afirmou o delegado federal Luciano Flores, em entrevista em Curitiba.

Genu também foi assessor do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do PT em 2012. Após recurso, em março de 2014, Genu foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro. Ele também tinha sido denunciado por corrupção passiva, mas o crime prescreveu.

Em nota, o Partido Progressista afirmou que “não admite a prática de atos ilícitos” e disse “confiar no trabalho da Justiça para que a verdade prevaleça”.

O advogado Maurício Maranhão, responsável pela defesa de Genu, disse à TV Globo que, por enquanto, não vai se manifestar. (G1)

Genu foi levado ao IML de Curitiba para fazer o exame de corpo de delito (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)

Genu foi preso pela 29ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)

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