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ENSAIOS E ENTRETENIMENTO

Manu Gavassi lança CD e comenta papel em novela: ‘Não caiu do céu’

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Cantora de 21 anos diz ao G1 que precisa do ‘sentimento à flor da pele’. ‘Clichê adolescente’ traz participação de seu namorado, Chay Suede.dsc_5037

“Demorei para ter a noção de que não era uma brincadeira”, diz a cantora Manu Gavassi, de 21 anos, lembrando-se de quando começou sua carreira cinco anos atrás. Ela conta ao G1, por telefone, que errou e se atrapalhou muito no início porque não tinha a visão de que seu hobby tratava-se de um trabalho, mas, agora, volta com outra postura e novos objetivos. Entre eles, está ir além do público teen que tão bem a acolheu.

Neste mês, ela estreia como atriz na novela das nove “Em família”, da Globo, e lança seu segundo CD, “Clichê adolescente”, cheio de canções românticas que funcionam como “terapia” para a própria Manu. “O sentimento tem que estar à flor da pele. Tanto que às vezes tenho dificuldade e não componho porque não estou passando por nada que vale a pena escrever”, conta. O álbum ainda traz a participação de seu namorado Chay Suede em “Segredo”. “Achei que deu outro brilho para a música”, elogia.

Fã das cantoras Taylor Swift, Sandy e Lily Allen, Manu diz que não julga o comportamento de Justin Bieber e Miley Cyrus (“Se eles acharam que tinham que chocar, acho válido”) e revela que a vontade de ser atriz também existe desde que nasceu. “Muita gente acha que foi um convite que caiu do céu e que eu nunca tinha pensado em fazer isso na minha vida. Sinto que foi merecido”. Leia abaixo a entrevista na íntegra:

G1 – Você era adolescente na primeira vez que pisou num estúdio. Agora, como foi voltar e trabalhar neste segundo disco? Sentiu mais responsabilidade?
Manu Gavassi –
 Foi completamente diferente. Na primeira vez que entrei no estúdio com o Rick [Bonadio, empresário da Manu] eu nunca tinha tido essa experiência. A única coisa que já tinha feito era ensaiar com uma banda de amigos do colégio, mas nunca tinha gravado uma música num estúdio. Foi um lance de aprendizado. Confiei muito no Rick, entreguei as músicas que escrevi ao longo da adolescência a ele. Foi a transição da música como hobby para música como trabalho mesmo. Entrei com uma cabeça diferente até por ter vivido um monte de coisas nesses três anos. É pouco tempo, mas é uma idade em que a gente muda muito. Quis aprender, participar de tudo. Quis fazer os arranjos, queria que tivesse a minha cara e queria entender o que eu estava fazendo. Tenho muito orgulho do que lancei porque senti que é completamente meu.

G1 – “Clichê adolescente” é a música que dá nome ao seu disco. Qual o significado desse título?
Manu Gavassi –
 É uma brincadeira comigo mesma, com o que escrevo e como as pessoas me veem. Sempre gostei de escrever sobre relacionamentos desde pirralha, quando nem tinha relacionamentos, eles eram completamente platônicos. As pessoas falam que sou muito dramática, que nem tinha sofrido tanto na vida para escrever tanta música de amor. Isso é verdade, mas sempre gostei muito de histórias de amor, sou muito romântica.

G1 – Por que você gosta tanto de escrever e cantar sobre relacionamentos amorosos. É uma espécie de terapia para românticos?
Manu Gavassi –
 Pra mim é total terapia. Quando eu comecei a escrever, ninguém ouvia. Era um lance completamente pra mim, para eu desabafar, me fazia bem e me faz bem. Tenho que querer falar sobre aquilo. O sentimento tem que estar à flor da pele. Tanto que às vezes tenho dificuldade e não componho nada porque não estou passando por nada que vale a pena escrever. Sempre gostei de músicas de amor, são as minhas favoritas.

G1 – Você ainda se sente adolescente mesmo com 21 anos?
Manu Gavassi –
 Já sou muito madura, trabalho e isso me dá outra responsabilidade. Ainda me sinto muitas vezes adolescente. Acho que a nossa geração prolongou a adolescência. Minha mãe sempre fala que, na época dela, era muito mais independente. O “Clichê Adolescente” é mais porque é na adolescência que a gente idealiza mais o amor, que a gente quebra a cara e procura o príncipe encantado, chora e se apaixona de novo.

G1 – Com seu primeiro disco, você conquistou um público em sua maioria feminino, entre 12 e 16 anos. Você acredita que os fãs continuam os mesmos ou, com esse disco, pretende atingir outras pessoas?
Manu Gavassi –
 Acredito que essa galera está crescendo junto comigo. Continuei na minha verdade. Não tentei crescer, forçar a barra, chocar ninguém. Pelo que vejo, são as mesmas pessoas. Claro que agora, com esse trabalho, outras pessoas acabam conhecendo, vendo com outros olhos. Isso é muito legal porque cresci com os meus ídolos também. Tenho carinho e respeito pelo trabalho da Sandy desde pirralhinha, cresci com ela.

G1 – As letras de “Se eu te abraço” e “Cicatriz”, por exemplo, parecem que saíram de um diário de tão íntimas e pessoais. Qual foi a primeira vez que você se percebeu compondo?
Manu Gavassi –
 Eu tinha 13 anos e meu pai tinha me dado um violão. A gente sempre tocava e cantava junto e eu pedia para aprender as músicas que queria cantar. Daí ele me ensinou quatro acordes, comecei a brincar sozinha e fazer música. Só que, no começo, fazia em inglês porque adorava a língua e as minhas referências eram americanas. Comecei a escrever sobre o menino do colégio que eu gostava, mas não mostrava para ninguém. Acho que nunca tive pretensão de ser compositora. Fazia brincando mesmo. Não sabia que um dia alguém ia ouvir e se identificar. Fiquei um tempão escrevendo no caderninho. Até que meu pai ouviu e percebeu que eu realmente gostava disso e ocupava meu tempo com isso. Mas, para mim, continua a mesma coisa de quando eu tinha 13 anos e comecei a escrever no meu quarto. Escrevo porque tenho a necessidade disso.

G1 – Você compôs “Segredo” junto com o Chay Suede, ou a ideia de gravar com ele surgiu somente depois da composição?
Manu Gavassi –
 Compus sozinha e mostrei para o Chay logo quando fiz, na época que ele ainda estava morando no Rio. Ele gostou muito, achou linda. E sempre que a gente tocava entre amigos ele ficava no violão e fazia a segunda voz. A gente estava acostumado. Achei que deu outro brilho para a música. É pequena, mas acho que faz toda a diferença.

G1 – Como você faz para não expor tanto o seu namoro?
Manu Gavassi –
 Eu me exponho completamente nas minhas letras. Mas eu e o Chay nunca fomos um casal que se expõe. Acho que isso não tem a ver com estar na mídia. No Facebook, um monte de gente expõe o relacionamento. A gente nunca foi esse tipo de casal. Não faríamos uma capa de revista mostrando nosso relacionamento porque não tem a ver. A gente sabe muito bem até onde pode chegar.

G1 – Sei que você é muito fã da Taylor Swift. Qual outra artista você diria que usa como exemplo para sua carreira musical?
Manu Gavassi –
 Eu gosto muito da Lily Allen. Acho que ela é uma compositora maravilhosa. Gosto muito das letras dela porque são sempre agridoces. Ela coloca uma base fofinha, então, se você não prestar atenção na letra, não percebe que ela está xingando algum homem ou fazendo uma crítica política. Acho que ela é talentosa demais. Gosto muito de quem compõe com verdade, com sentimento. Estou ouvindo um monte de coisa brasileira antiga, que o Chay me apresentou e nunca pensei em ouvir tipo Mutantes e Novos Baianos.

G1 – Você amadureceu muito desde que começou aos 16. Quais foram as principais mudanças sentidas por você?
Manu Gavassi –
 É uma fase da vida que a gente acaba mudando muito e se descobrindo como pessoa, querendo achar nosso lugar no mundo. Eu quis essa mudança. A minha essência musical continua a mesma, continuo escrevendo sobre as mesmas coisas só que com outra vivência, com outro vocabulário. Sempre gostei muito de moda. Quem gosta de moda sempre vai evoluindo. E eu quero trabalhar com moda ainda. Quase fiz faculdade.

G1 – Artistas teen como Justin Bieber e Miley Cyrus mudaram radicalmente sua postura e buscaram formas de mostrar que cresceram, no entanto, se envolveram em várias polêmicas. Você tem esse tipo de preocupação com sua imagem?
Manu Gavassi –
 Acho que não dá para comparar. É outro tipo de vida. Não tem como a gente imaginar como é a vida dessas pessoas. Tanto a Miley quanto o Justin cresceram na frente das câmeras, em Los Angeles, onde os artistas têm cada um seu paparazzo em frente a sua casa. É um mercado muito diferente do nosso. Acho que a gente não pode julgar. Se eles acharam que tinham que chocar, acho válido. Nunca senti essa necessidade de despirocar e ficar pelada, mas, se um dia eu quiser e for natural para mim, eu vou fazer.

Tanto a Miley quanto o Justin cresceram na frente das câmeras, em Los Angeles, onde os artistas têm cada um seu paparazzo em frente a sua casa. É um mercado muito diferente do nosso. Acho que a gente não pode julgar.”
Manu Gavassi

G1 – Como surgiu a oportunidade do seu papel na novela “Em família”?
Manu Gavassi –
 Desde que nasci quero ser atriz. Meus pais eram atores e se conheceram num grupo de teatro. Meus pais me influenciaram muito. Mas a música acabou dando certo cedo na minha vida. Até o Rick [Bonadio] pediu para eu focar nisso. Ano passado, achei que era a hora de correr atrás e comecei a ligar para a galera, pedindo para fazer teste. Até que cheguei no Zeca Bittencourt, que cuida do elenco da Globo em SP, e ele gostou da minha cara de pau, foi muito simpático e me deu essa chance. Fiz workshop na Globo e três testes para essa novela. Muita gente acha que foi um convite que caiu do céu e que eu nunca tinha pensado em fazer isso na minha vida. Por isso eu me sinto tão feliz e preparada para essa etapa porque foi o que eu quis a vida inteira e me esforcei pra caramba. Sinto que foi merecido.

G1 – O que sabemos é que você vive uma cantora chamada Paula, que mora no Vidigal. O que mais você pode contar sobre a personagem?
Manu Gavassi –
 É o que eu sei até agora também. A gente grava muito em cima da hora a novela do Manoel Carlos. Ele gosta de sentir a novela na televisão para escrever. Você vai descobrindo junto com todo mundo sobre o seu papel. Mas estou aproveitando cada segundo para aprender com todo mundo.

G1 – Você pretende seguir a carreira de atriz junto com a de cantora, ou vai priorizar alguma delas?
Manu Gavassi –
 Pretendo seguir sim. Gosto muito das duas coisas, mas estou descobrindo a novela agora. É completamente novo para mim, ainda estou aprendendo e experimentando. Se eu amar, com certeza vou levar junto com a música pela vida inteira.

G1 – Com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, vem aí uma nova fase na sua vida, com ainda mais exposição. Quais são suas angústias ou medos quanto a isso?
Manu Gavassi –
 Depende do jeito que você leva e se coloca. Tem gente que passa para os outros isso de “ai, sou famoso e não posso sair de casa”. Eu sempre achei muito legal esse carinho do público. Gosto dessa troca. As meninas que gostam de mim como cantora sempre pedem conselhos amorosos, como se eu fosse muito experiente. Acho essa relação tão verdadeira e acho muito bom saber que, de alguma forma, faço parte da vida dessas pessoas. Trato isso com leveza porque você entra nesse meio sabendo que existe essa parte. Tento levar da maneira mais tranquila e natural possível e vou tentar continuar levando. (G1)

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