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Marisqueira relata mal-estar após contato com substância de odor forte e cor esverdeada na BA: ‘dor de cabeça e febre’

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Pescadores e marisqueiros de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, passaram mal após terem contato com a substância misteriosa de odor forte e cor esverdeada em praias e rios da região. A marisqueira, identificada pelo prenome de Cleidiane, é uma delas.

“A minha doutora Tânia, da unidade médica aqui de Barra de Jacuípe, disse que eu estava com verme. No dia 13 [de novembro] eu pesquei e no dia 14 veio à tona esse produto químico, que fiz a filmagem e divulguei”, disse, acrescentando que na unidade havia muita gente com sintomas semelhantes aos dela: febre, diarreia, vômito e dor de cabeça.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, telejornal da TV Bahia, na manhã desta quarta-feira (16), a mulher também afirmou que muitos mariscos apareceram mortos após o aparecimento da substância.

“Lambreta, eu pesquei ali, mas tive que soltar, porque estava fedendo muito. Os chumbinhos já estão mortos e há produto químico na água, porque quando tem esse tipo de produto, eles sobem para tentar respirar e acabam morrendo”, explicou com a experiência de quem trabalha com mariscos há muitos anos.

Cleidiane lamentou a situação, já que depende da pesca para pagar as contas e alimentar a família. “É bem preocupante [a situação]. Assim como eu, pescadora e mãe solo, outras marisqueiras e pescadores dependem do rio para viver”.

“O resultado, possivelmente, deve sair hoje [quarta] ou amanhã [quinta], para que a gente tome uma providência. A gente vai interditar, ou se for algo que seja orgânico e não faça o mal, aí a gente vai ficar com o coração aliviado”, disse Ivanaldo.

A prefeitura de Camaçari orientou que banhistas não entrem no mar das praias de Jauá e Barra do Jacuípe, após moradores encontrarem a substância no local. A Defesa Civil do município alertou moradores e visitantes que não se aproximem do resíduo, até que o material seja identificado, conforme explicou o coordenador da pasta Ivanaldo Soares.

“É uma substância desconhecida, com o odor muito forte. Depois que enxuga, ela vira uma espécie de borracha, e está impregnando nas estruturas, no manguezal”, explicou.

 

“A gente recomenda que as pessoas tenham cuidado. Esse odor, algumas pessoas disseram que se sentiram mal [ao sentir], então a gente orienta que não entrem na água e não tentem manipular esse material”, complementou.

Segundo a Defesa Civil de Camaçari, técnicos da empresa Cetrel coletaram amostras da substância na segunda-feira (14), mas o órgão não detalhou quando os primeiros vestígios apareceram. O material foi levado para um laboratório, para ser analisado. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) também foi comunicado sobre o caso.

G1 Bahia

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