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Número de cidades baianas com prefeitas diminui nessa eleição

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O número de prefeituras baianas comandadas por mulheres reduziu 12,5% nessa eleição em comparação com a última disputa municipal.

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Sueli Carneiro (PSB), é a primeira mulher a governar a cidade de Ubaitaba/BA. (Foto divulgação Facebook)

No próximo ano elas tomam posse de 56 prefeituras, diferente das 64 conquistadas em 2012. Com esse resultado, as mulheres venceram em mais de 1/3 das cidades com alguma candidatura feminina (156 das 417 cidades baianas); mas representam apenas 13,4% das prefeituras do estado.

“Vinha ocorrendo um crescimento constante que agora oscilou, reduzindo, não só na Bahia mas em outros estados. Essa queda ocorre não só nas candidaturas de prefeitas, mas também de vereadoras”, dimensiona Sonia Jay Wright, pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Mulher (Neim) e professora do Bacharelado de Estudos em Gênero e Diversidade da Ufba. Em 2008 foram 47 candidaturas, o que na eleição seguinte representou um crescimento de 36%.

Nas cidades da Região Metropolitana de Salvador, além da reeleição da petista Jussara na cidade de Dias D’ávila, a professora Marlylda (PDT) assume em Itaparica e a então deputada federal Moema Gramacho (PT) volta ao comando de Lauro de Freitas. Com 43.951, Moema ficou em terceiro lugar em número de votos no ranking de todos os prefeitos. Mas foi no Centro-Sul baiano que as urnas registraram a maior aprovação feminina: com 94,27% dos votos, a advogada Dra. Elen Zite, 42 anos, será a nova prefeita de Anagé. Ela venceu a então prefeita Andreia Oliveira (PT), que ficou inelegível, e outros dois candidatos da cidade.

Moema voltou à prefeitura de Lauro de Freitas (Foto: Arquivo/Secom)

Mãe de dois filhos e assessora de uma secretaria municipal da vizinha Caraíbas, Elen não esconde que o seu principal capital político foi transferido do seu marido, Rubinho, que foi prefeito até 2008. “(Minha vitória) foi a força de uma circunstância, seria meu marido, mas ele teve um acidente grave e ficou impossibilitado, além disso a população fez uma revanche contra o PT”, acredita Elen, que acredita que o seu gênero não faz diferença na eleição.

Em Nova Redenção, uma das três cidades baianas disputadas apenas por mulher, a petista Guilma, 49 anos, também adotou o mesmo discurso de renovação, contra a gestão de Guadalupe (PSD) que não conseguiu se reeleger. “Somos mulheres diferentes, eu enxergo os mais necessitados, a gente tem três filhos e uma neta para cuidar mas como sempre cuida de todos”, afirma Guilma. Assim como Ellen, ela, que nem nasceu na cidade da região da Chapada Diamantina, também acredita que foi eleita por conta do marido. “Como ele (Ivan Soares, ex-prefeito), é um advogado bem sucedido, ele resolveu continuar advogando e eu passei a representar o povo que me aceitou”, afirmou.

Elen Zite (Foto: Blog do Anderson)

De acordo com os dados do TSE, seis candidatas eleitas levam no nome político a referência de uma segunda pessoa do sexo masculino.  A pesquisadora Sonia Jay lamenta esse tipo de apadrinhamento. “É algo muito comum observado no Nordeste como um todo e uma infelicidade que o protagonismo não esteja na mulher por ela mesmo, mas a gente tem muitos casos de renovação também”, afirma.

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