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Rio: Homem mata família e comete suicído na Barra; Em carta ele diz que estava sem recursos

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Mulher foi morta a facadas enquanto dormia, e filhos foram atacados com marreta e jogados de apartamento.

Nabor e os dois filhos: os corpos dos três foram encontrados no pátio do prédio onde moravam – Reprodução do Facebook

Quatro pessoas da mesma família foram encontradas mortas na manhã desta segunda-feira no condomínio de luxo Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A polícia investiga a hipótese de triplo homicídio seguido de suicídio.

Nabor Coutinho de Oliveira Júnior, de 43 anos, teria matado a mulher a facadas dentro do apartamento do casal, no 18º andar do edifício Lagoa Azul, que fica na Rua Prefeito Dulcídio Cardoso 11.000. Depois, ele se jogou da varanda do apartamento com os dois filhos.

Laís Kouri, de 48 anos, foi morta a facadas pelo marido – Reprodução do Facebook
A varanda de onde Nabor se jogou com os dois filhos – Divulgação

Os corpos de Nabor e dos dois filhos, Henrique, de 10; e Arthur, de 6, estavam caídos no playground do edifício. A mulher, Laís Khouri, de 48 anos, foi morta a facadas enquanto dormia. Já os dois filhos do casal, Henrique, de 10 anos, e Arthur, de 7, foram assassinados com uma marreta e depois tiveram seus corpos jogados do apartamento, no 18º andar do prédio. O pai pulou logo em seguida e também morreu.

Uma carta deixada por Nabor Coutinho de Oliveira, de 43 anos, e recolhida pela polícia no apartamento da família, no edifício Lagoa Azul, no condomínio Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca, revela parte da justificativa dele para matar a mulher e os filhos na manhã desta segunda-feira.

No texto, que está enumerado, Nabor dá a entender que o motivo do crime foi crise financeira. Ele diz achar que não teria condições de sustentar mais a família.

O trecho da carta a que o GLOBO teve acesso começa no item 6: (…) “Me preocupo muito deixar minha família na mão. Sempre coloquei eles à frente de tudo e até nessa decisão arriscada para ganhar mais. Mas está claro para mim que está insustentável e não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais nada e não vou ter como sustentar a família. E da forma como tudo ocorreu sei que meu nome vai ficar queimado nesse mercado de VAS. Não vou ter aonde trabalhar.

7) “Sinto um desgosto profundo por ter falhado com tanta força, por deixar todos na mão. Mas melhor acabar com tudo logo e evitar o sofrimento de todos.

8) “E nos últimos dias passei a ser menos envolvido ou copiado nos e-mails dos projetos que estão rolando. Pode ser cisma minha, mas parece já um sinal de que não me querem mais lá.

9)”Ainda não conseguimos contratar o novo plano de saúde porque estava aguardando a criação do CNPJ. Agora que saiu está com o (empresa) para avaliar preço. Com o histórico médico da Laís e do Arthur será que aprovam? Será que não vai ficar super caro?

10) “Esse contrato que assinei com eles é completamente desproporcional. (…)”, diz um trecho da carta encontrada pela polícia.

Quarto das crianças mortas com sangue no chão e a marreta usada no crime sobre uma cama – Reprodução
Faca usada para matar a mulher enquanto ela dormia – Reprodução

A carta encontrada no apartamento foi recolhida pela Delegacia de Homicídios (DH) da capital. Ela será analisada para saber se foi realmente escrita por Nabor.

A DH da capital foi acionada por volta das 7h da manhã desta segunda-feira. A mulher estava ferida no pescoço com golpes de faca. As crianças e o pai caídos na área da piscina. O local foi periciado. A DH está arrecadando imagens, colhendo depoimentos de amigos e vizinhos para se apurar a dinâmica do que aconteceu, segundo o delegado Fábio Cardoso, titular da DH da capital.

As informações iniciais obtidas no local indicam que ele teria matado a mulher, atirado os dois filhos e em seguida se jogado do apartamento.

– Mas essa é apenas uma linha de investigação. A DH nao descarta outras linhas – disse Cardoso.

Nabor era de Belo Horizonte (MG). Familiares mais próximos estão vindo para o Rio. A Polícia Civil pretende conversar com os parentes para tentar ter uma ideia do que realmente aconteceu. Leia mais no O Globo.

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