Feira terá força-tarefa para investigar crimes que aconteceram durante greve da PM

Segundo o delegado Ricardo Brito, titular da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia, partiu da polícia de Feira a iniciativa de pedir pela força-tarefa.

PM Thiago foi assassinado

A cidade de Feira de Santana terá uma força-tarefa para investigar os crimes que aconteceram durante a greve da Polícia Militar na cidade – foram 46 mortes, entre homicídios, latrocínios e auto de resistência. Ao todo, em abril, foram registrados 76 homicídios, cinco latrocínios e seis autos de resistência.

Segundo o delegado Ricardo Brito, titular da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia, partiu da polícia de Feira a iniciativa de pedir pela força-tarefa. “Já foi autorizada pelo secretário da Segurança, por conta do alto número de homicídios que tivemos”, explica Brito. Além de delegados e investigadores de Feira, policiais de Salvador devem fazer parte da força-tarefa. “Estamos aguardando para saber quando começa”, acrescenta. Brito diz que a intenção da Polícia Civil é apurar todos os crimes o mais rápido possível.

Entre as mortes registradas pela polícia no período da greve está a do policial militar Thiago Maciel Silva, 35 anos. O soldado foi sequestrado por cinco homens e encontrado já baleado na estrada da Formiga. Ele estava, com uma PM e um grupo de pessoas, em uma localidade perto de São José quando os criminosos chegaram e saquearam o grupo. Thiago não estava fardado, mas pela arma dele os bandidos perceberam se tratar de um PM.

Thiago foi levado pelos criminosos, a bordo de um veículo Fiat/Uno, cor preta, segundo a Polícia Militar. Ele  foi encontrado com diversas perfurações de arma de fogo e chegou a ser socorrido por uma guarnição da PM para o hospital Emec, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.

Quatro homens acusados pelo homicídio do PM foram mortos em confronto a Polícia Militar no final da tarde no final da tarde de ontem. Eles estavam em um Fiat Uno preto similar ao envolvido na morte do PM, que era da Base da Cavalaria da corporação. Ao serem abordados, eles reagiram atirando e tentaram fugir. Houve troca de tiros. Os suspeitos, baleados, ainda foram levados ao hospital Emec, mas morreram. Ainda não há identificação dos quatro.

Outra vítima de homicídio foi Israel Barbosa dos Santos, assassinado dentro de um carro na avenida José Falcão. Ele fazia transporte irregular de passageiros em um Celta quando foi baleado. Ainda não se sabe quem atirou no rapaz. (Correio da Bahia)