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AÇÃO POLICIAL

Família usava esquema de fraude de milhas para viajar pelo mundo

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O esquema de fraude de milhas aéreas descoberto pela Polícia Civil no Rio de Janeiro era usado por uma família do Rio de Janeiro para viajar pelo mundo.RTEmagicC_familiamilhas.jpg  

Uma operação de busca e apreensão foi feita na casa do técnico de informática Bruno Will, 27 anos, em Padre Miguel, Zona Oeste da cidade. Segundo as investigações, a família teria movimentado R$ 39 milhões em apenas um ano. 

Durante 3 anos, a família viajou por Suíça, EUA, França e outros países. Bruno e a família teriam descoberto como multiplicar de forma infinita suas milhas aéreas. As milhas são benefícios que a pessoa que pode ganhar usando cartão de crédito. Elas podem ser convertidas, depois de acumuladas, em benefícios como passagens aéreas e diárias em hotel, dentre outros.
Bruno forjava gastos para poder usar cartões de crédito e receber milhas. Ele emitia boletos bancários falsos, com o credor e o pagador muitas vezes sendo a mesma pessoa. O dinheiro saía de uma conta e entrava na mesma logo em seguida ou caía na conta de alguém da família.
Os boletos eram pagos com cartões, gerando mais milhas que eram trocadas por passagens e também revendidas para agências de turismo. A família, portanto, inventava os gastos para conseguir viajar, movimentando a quantia de R$ 39 milhões em um ano. O valor é incompatível com a renda de Bruno, que declara receber R$ 1,7 mil por mês.
“O que chamou a atenção foi a movimentação financeira totalmente distante da capacidade econômica dessas pessoas”, disse o delegado Flávio Porto, ao programa “Fantástico”, que denunciou o caso.
Na casa de Bruno, foram apreendidos boletos bancários, cartões e passagens aéreas. A polícia chegou até ele a partir de uma denúncia do conselho de controle de atividades financeiras do Ministério da Fazenda. A Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bloqueio das contas e milhas de 15 investigados.
 
Os acusados podem pegar pena de 23 anos por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Eles respondem em liberdade. (Verdinho/Itabuna)

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