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Cartas de Felipão: técnico escreve para jogadores nos dias das partidas

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Se tem jogo da seleção brasileira, é dia de carta para os jogadores. É dia de Felipão enviar mensagem motivacional ao grupo. Tem sido assim desde a apresentação do time na Granja Comary.

Felipão com Neymar no treino da Seleção: relacionamento próximo com o grupo (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)

Felipão com Neymar no treino da Seleção: relacionamento próximo com o grupo (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)

E não será diferente no próximo sábado, data da partida contra o Chile, em Belo Horizonte, pelas oitavas de final. Junto da frase, pensamento ou trecho de livro, o técnico ainda escreve a “moral da história”.

A rotina começa com pesquisa feita por Felipão e sua comissão técnica. Escolhida a frase motivacional, o treinador pensa numa conclusão, uma mensagem sua aos jogadores, sempre em cima daquele tema. De próprio punho, o comandante escreve tudo em um papel e entrega ao departamento de comunicação da CBF. A mensagem é digitalizada, impressa e colocada por baixo da porta dos quartos dos jogadores.

– A ideia é ter uma carta antes de cada partida. É degrau por degrau – comentou o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira.

Se o Brasil for até a final da Copa do Mundo será um total de oito cartas durante o período de 48 dias do elenco junto. Até agora, quatro mensagens foram entregues aos jogadores: uma na apresentação do time em Teresópolis, no dia 26 de maio, e antes de cada um dos três jogos da primeira fase do Mundial. Parreira explica.

– São frases e pensamentos que o Felipão pega e passa aos jogadores. Já foram quatro até aqui. Distribuímos uma na apresentação e outras três antes dos três jogos que fizemos até agora na Copa do Mundo – falou o coordenador técnico.

Antes do empate por 0 a 0 com o México, no Castelão, em Fortaleza, a frase escolhida por Felipão foi do teólogo inglês William George Ward: “O pessimista queixa-se do vento. O otimista espera que o vento mude. O realista ajusta as velas”. Abaixo desse trecho, o técnico da seleção brasileira colocou a sua “moral da história”.

Portanto, não encontre problemas, encontre as soluções. Qualquer um sabe se queixar – escreveu o treinador do Brasil.

Uma frase de Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos, também já foi usada por Felipão para motivar seus jogadores: “Não há limites para o que você poderá fazer, desde que não se importe com quem ficará o crédito”. Logo abaixo, o recado do chefe, curto e direto.

– Não se pode ser bom pela metade – observou o técnico. Felipão gosta de escrever. Tem esse hábito principalmente nas competições. Na Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, ele fez um diário, com reflexões, pensamentos, impressões. O técnico encadernou todos esses textos que redigiu 12 anos atrás e guardou como lembrança da conquista do pentacampeonato. (Globo Esporte)

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