Bahia
Mototaxista é perseguido e morto dentro de estacionamento da Ufba
O mototaxista Rogério de Santana Souza, 30 anos, foi morto no estacionamento da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), na Federação, na tarde desta quinta-feira (11).
Segundo a Central de Polícia, o homem foi atingido por um tiro depois que houve uma perseguição que começou no meio de Rua Professor Aristides Novis e terminou dentro do campus da Ufba, em São Lázaro.
O homem levava uma passageira, que foi levada pelo atirador. A bolsa da mulher ficou no chão. Não há informações sobre a identidade da mulher. Segundo a Central de Polícia o crime aconteceu por volta das 13h. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou no local e constatou que o homem não resistiu ao ferimento.
Alunos estavam dentro das salas da faculdade quando ouviram o barulho de um tiro. “Foi tenso. As pessoas saíram da sala com medo”, disse uma estudante. As aulas foram suspensas em todas as unidades do campus de São Lázaro.
Bolsa de passageira que estava na motocicleta ficou caída no chão |
Uma vigilante viu o momento em que os homens que atiraram no mototaxista obrigaram a passageira a entrar no veículo. “Pediram pra ela descer da moto e entrar no carro. Atiraram nele aqui dentro. Eu não consegui ver muito porque até eu tive que correr”, contou.
Após o episódio, os estudantes começaram a questionar a segurança dentro da universidade. “Essas câmeras e essa segurança que implantaram aí não deram em nada”, diz uma estudante que presenciou. Segundo ela, o carro fugiu no sentido do campus da Politécnica, que fica no início da Rua Aristides Novis.
Testemunhas relataram que três tiros foram disparados, mas que o carro não entrou no campus. “Quando eu vi o cara andando armado, na mesma hora eu voltei”, contou uma estudante.
O vice-reitor da universidade, Paulo Miguez, esteve no local após o crime e afirmou que a instituição vai ceder as imagens das câmeras instaladas no campus. “Nós temos câmeras em várias áreas do campus, pra monitorar a situação de segurança. Vamos tentar recorrer às imagens para ajudar as autoridades policiais a elucidar o caso”, afirmou.
Miguez também comentou o pânico dos estudantes ao ouvir os disparos. “Eventos dessa natureza deixam as pessoas em situação de desconforto, não podia ser diferente com nossa comunidade”. (Correio)
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