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Professora é agredida por mãe de aluno durante reunião em Santo Antônio de Jesus; caso é investigado pela polícia

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Uma professora de Santo Antônio de Jesus foi agredida pela mãe de uma aluna durante uma reunião na Escola Municipal Florentino Firmino de Almeida, onde trabalha. O caso aconteceu no dia 5 de outubro, dias após um outro professor da cidade ser chamado de ‘macaco’ por aluna.

A TV Subaé, filiada da TV Bahia em Feira de Santana, procurou a mãe do estudante. Ela confirmou as agressões e disse que perdeu a cabeça durante a reunião, mas que sabe que isso não justifica a sua atitude. Além disso, a mulher reclamou do atendimento e afirmou que não se sentiu acolhida pela equipe pedagógica.

Segundo a professora agredida, Iamá Vilas Boas, a reunião foi marcada para falar sobre o comportamento do aluno, que a havia desrespeitado na sala de aula.

“Desde que chegou na escola, ela não aceitava ouvir o que eu e a diretora queríamos falar sobre o comportamento do aluno. Eu falei: ‘você está aqui para ouvir, seu filho me desrespeitou’. Ela então levantou a mão e disse que ‘ele é assim mesmo'”, contou.

Após ouvir a resposta da mãe, a professora respondeu que entendia o motivo do jovem se comportar de forma desrespeitosa.

“Quando falei isso, ela me esbofeteou, me pegou pelo pescoço e me arranhou. As minhas colegas de trabalho vieram ajudar e a levaram para outra área da escola, onde ela continuou difamando a minha imagem”, afirmou.

De acordo com a delegada de Santo Antônio de Jesus, Corina Lopes, a professora registrou o boletim de ocorrência no mesmo dia e agora a polícia aguarda apenas o laudo de lesão corporal para encaminhar o caso para a Justiça. As pessoas envolvidas já foram ouvidas e as imagens das câmeras de segurança da escola foram solicitadas.

“Esse caso caracteriza uma lesão leve, mas o que nos surpreendeu foi ele ter acontecido dentro de uma escola”, afirmou a delegada.

 

Durante a investigação da polícia, a professora conta com o apoio jurídico e psicológico do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). A professora e representante da APLB, Conceição Maria Sampaio, afirma que a comunidade educativa pede justiça pela professora,

“O advogado acionou a secretaria de educação para tomar medidas educativas no contexto. Estamos de braços dados, porque se não resolvermos o caso da professora Iamá, quantos professores irão apanhar?”, disse.

Professor chamado de macaco

 

Além da professora Iamá, um outro educador de Santo Antônio de Jesus precisou prestar queixa na polícia por uma situação vivida dentro da escola. Neste caso, o profissional foi chamado de macaco por uma aluna.

O caso aconteceu no dia 30 de setembro, na zona rural da cidade, e o nome do professor não foi divulgado.

A delegada Corina Lopes, afirma que a vítima já foi ouvida e agora espera o depoimento da aluna.

“Assim que a menor for ouvida, o boletim será encaminhado para a Justiça e será ouvido pelo juiz da Infância”, informou.

A secretária de educação da cidade, Maria Renilda Barreto, informou que o professor foi trasnferido para outra unidade escolar. Ela também afirmou que presta solidariedade a todos que sofrem agressões físicas e verbais nas escolas, sejam essas pessoas funcionários, alunos ou professores.

“Não cabe a secretaria de Educação punição de crime de agressão física ou racismo, isso cabe a polícia. Em relação á menor, se o ato acontece dentro da escola, tanto como agressor ou agredida, vamos buscar um diálogo com as famílias e com o Conselho Tutelar”, explicou.

G1 Bahia

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