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Ex-comandante da PM admite ter liberado senha usada em fraude do desarmamento
O ex-comandante do Batalhão da Polícia Militar de Feira de Santana, coronel Martinho Nunes, participou de um esquema de fraude na campanha do desarmamento do Ministério da Justiça.
Ele mesmo confirmou nesta segunda-feira (30), que liberou a senha para o pagamento de armas, embora argumente que não está envolvido no esquema. No último dia 28 de novembro, seis pessoas foram presas na Operação Vulcano, da Polícia Federal, mas já foram liberadas e responderão ao processo em liberdade.
Um dos detidos, o oficial ainda assumiu que liberou acesso a Carlos Nunes, irmão do coordenador da ONG MovPaz Brasil, Clóves Nunes, acusado de ser o líder do esquema. O coronel justificou que, na época, adotou a medida por estar “muito ocupado com as atribuições do batalhão”, mas não tinha conhecimento da fraude ao programa. “A senha me foi concedida entre os meses de fevereiro e março de 2011.
No mês de junho, no mês de julho, eu fiz a disponibilização dessa senha para Carlos Nunes, em razão do acúmulo de trabalho, da grande quantidade de armas que estavam sendo entregues, e isso durou até dezembro de 2011, quando eu me afastei para a reserva e a senha foi cancelada”, contou o ex-comandante. “Eu nunca fiz recebimento de armas, nunca analisei armas e nunca inutilizei armas. Todo esse trabalho era feito na Casa da Paz e continuou sendo feito na Casa da Paz”, completou Martinho Nunes.
De acordo com a PF, as fraudes na campanha do desarmamento geraram um prejuízo de R$ 1,3 milhão aos cofres públicas com o desvio de indenizações destinadas à entrega voluntária de armas de fogo. Ao todo, 8,4 mil pistolas entregues estavam em situação irregular. O coronel responde pelo crime de negligência. (G1)
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