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Presidência francesa diz que avião da Air Algérie levava 118 pessoas
A presidência da França disse nesta sexta-feira (25) que o avião da Air Algérie que caiu no Mali nesta quinta-feira (24) levava 118 pessoas a bordo, e não 116, como foi informado inicialmente.
Segundo o governo francês, o avião transportava 112 passageiros e seis tripulantes. Mais cedo, o presidente da França, François Hollande, disse que “não há sobreviventes” na queda. Hollande também afirmou que uma caixa-preta da aeronave já foi encontrada.
“Não há lamentavelmente nenhum sobrevivente”, disse Hollande. “A caixa-preta foi recuperada e encaminhada para Gao”, detalhou o presidente em uma declaração na TV. Hollande acrescentou que todas as hipóteses para o acidente são investigadas, em particular problemas meteorológicos.
“Os soldados franceses que já estão ali protegeram o local e realizaram as primeiras investigações”, disse.
Entre os passageiros há 51 franceses.
O avião da Air Algerie desapareceu na quinta-feira (24) quando se dirigia de Uagadugu a Argel. Os destroços da aeronave foram localizados por um avião teleguiado das forças francesas presentes no Mali, levando um destacamento de soldados franceses a se dirigir ao local por terra.
“O que já sabemos é que os destroços do avião estão concentrados em um espaço limitado, mas ainda é muito cedo para tirar conclusões”, indicou Hollande. “Há hipóteses, em particular climáticas, mas não descartamos nenhuma porque queremos saber tudo o que aconteceu”, acrescentou.
Após a confirmação, o presidente François Hollande manifestou solidariedade com os parentes e pessoas próximas das vítimas.
Dois caças procedentes de uma base francesa nessa região da África realizaram voos de reconhecimento no Mali para tentar encontrar a aeronave. Depois, os caças foram substituídos por um avião militar C-130 e helicópteros franceses.
Hollande, assim como fez anteriormente o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, explicou que o contato com o avião foi perdido após 40 minutos de voo, pouco depois que o capitão solicitou uma mudança de rumo devido às difíceis condições meteorológicas. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma ação terrorista, Fabius afirmou que “nenhuma hipótese pode ser excluída”, mas especificou que “a única certeza que temos é o alerta meteorológico”.
Hollande iniciou às 9h locais (4h de Brasília) uma reunião sobre o acidente aéreo com os titulares dos departamentos de Relações Exteriores, Defesa, Interior e Transportes, além do primeiro-ministro francês, Manuel Valls.
Burkina Faso
A informação sobre a localização dos restos da aeronave de propriedade da companhia espanhola Swiftair já havia sido dada pelo general burkinês Gilbert Diendere, colaborador próximo do presidente Blaise Compaore e chefe da comissão criada para investigar o incidente.
Os destroços estavam a cerca de 50 km da fronteira de Burkina Faso no povoado de Bulikesi. “Enviamos homens ao local com a aprovação do governo do Mali e foram encontrados destroços do avião com a ajuda de moradores locais”, disse o militar.
De acordo com a rede CNN, Diendere afirmou que nenhum sobrevivente foi encontrado e que a descoberta dos destroços também foi reportada pela TV estatal RTB. “Foram encontrados restos humanos e do avião totalmente queimados e dispersos”, disse à agência de notícias Associated Press.
Diendere acrescentou que os homens foram à área depois de ouvir relatos de um morador que descreveu a queda de um avião a 80 km a sudeste do povoado de Gosi. O porta-voz do governo de Burkina Faso disse que o país guardará luto por 48 horas.
Antes de perder contato, os pilotos do voo enviaram uma mensagem para pedir ao controle de voo do Níger para mudar sua rota devido a chuva intensa, disse o ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo. Um diplomata em Bamako, capital do Mali, afirmou que houve uma forte tempestade de areia à noite no norte malinês, que fica na rota de voo do avião. (G1)
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