Parte do atendimento no 5º Centro é suspenso por risco de contágio

A manutenção de quatro pacientes com suspeita ou diagnóstico de doenças infectocontagiosas causaram a suspensão parcial dos atendimentos no 5º Centro de Saúde, que fica na Avenida Centenário, em Salvador.

Segundo a unidade, os atendimentos foram parcialmente interrompidos por questão de precaução, já que um paciente mantido no local tem diagnótico confirmado de tuberculose e outros dois estão sob a suspeita da doença. Um quarto paciente está com suspeita de meningite.

A entrada no local foi controlada durante todo o dia nesta quinta-feira (28). Logo no portão de acesso, as pessoas eram informadas que o atendimento estava restrito apenas para os casos mais graves de emergência e que parte da unidade está isolada.

O paciente com suspeita de meningite tem 43 anos. De acordo com a filha, ele está em uma sala isolada, em coma, e espera transferência para um hospital especializado desde segunda-feira (25). “A gente tá esperando vaga para outro hospital que possa receber ele. No momento, não tem nenhum hospital que possa atendê-lo”, disse Bruna dos Santos.

A área de isolamento do 5º centro tem espaço apenas para dois pacientes. Por isso, um dos consultórios está sendo usado por outro paciente que também aguarda transferência. A Secretaria de Saúde do Município (SMS) disse que já pediu a transferência à central de regulação da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

“Hoje, a situação do 5º centro é uma situação crítica. É uma unidade que tem 18 eleitos e eu estou com 19 pacientes aguardando internamento”, disse a diretora de atenção à saúde, Luciana Peixoto.

De acordo com infectologista Antônio Bandeira, o local que mantém os pacientes deve ser rigorosamente isolado. “Tem que estar rigorosamente isolado, porque senão ele [paciente] é um risco para os profissionais de saúde e para os demais pacientes que estão lá e acompanhantes que estão lá”, disse o infectologista.

De acordo com a Sesab, os quatros pacientes estão na regulação aguardando leitos específicos em áreas de isolamento e ainda nã há previsão de quando devem ocorrer as transferências. (G1/Bahia)