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Rejeição dos baianos à doação de órgãos é de 70%; ‘tem o medo que pessoa esteja viva’, diz médico
A cultura de doação de órgãos custa ainda a ter vida na Bahia. O último relatório sobre registros aponta rejeição de 70% dos baianos quando o assunto é doar.
O percentual é uma das maiores negativas do país. Segundo o presidente da Associação Baiana de Medicina (ABM), Antônio Carlos Vieira Lopes, o temor de ver o corpo do ente “invadido” é tido como antinatural. “Além disso, tem o medo de que a pessoa esteja viva”, relata Vieira Lopes, em entrevista ao Bahia Notícias. Ele informa que o diagnóstico de morte encefálica é totalmente seguro, o que afasta a preocupação de familiares que vão decidir pela doação.
Segundo ele, essas questões ainda povoam o imaginário popular, mas precisam ser eliminadas. Uma das justificativas é que só na lista de espera para transplantes de rins no estado 423 pacientes esperam na fila. Outros 29 estão no aguardo de um novo fígado. Os dados são da Associação Brasileira de Transplantes de órgãos (ABTO). Entre os dias 25 e 27 de setembro, Salvador recebe o congresso “Transplantes de Órgãos e Tecidos” realizado pela ABM em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O evento pretende aumentar a conscientização sobre a importância do transplante na sociedade baiana.
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