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Número de casos confirmados de chikungunya em Feira salta para 419
O número de casos confirmados de chikungunya na cidade de Feira de Santana, localizada a 100 km de Salvador, saltou de 371 para 419, segundo novo balanço divulgado nesta terça-feira (28) pela Secretaria de Saúde do município.
O balanço com os casos da Bahia deve sair na quarta-feira (4). Conforme o levantamento, foram notificados 1.175 casos suspeitos da doença, sendo 419 casos confirmados, 67 descartados e 689 em investigação. Os dados correspondem ao período de 29 de março a 3 de novembro.
De acordo com a secretaria do município, os casos suspeitos estão concentrados na faixa etária de 35 a 49 anos (30,46%), seguida de 20 a 34 anos (25,61%) e de 50 a 64 anos (16,59%). O sexo feminino predomina com 779 (66,30%) e masculino com 396 (33,70%).
Dos 74 bairros onde foram registrados casos da doença em Feira, o bairro George Américo é o que concentra mais notificações, com total de 454 (38,63%), seguido pelo bairro Campo Limpo, com 214 (18,21%), Sítio Novo, com 50 (4,25%), e Cidade Nova, 37 (3,14%). Os pacientes com diagnóstico confirmado não relatam viagem a países com transmissão da doença, sendo considerados casos autóctones (natural da região). Não há registro de morte em decorrência da doença na Bahia.
Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades. (G1/Bahia)
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