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DE OLHO NO ESPORTE

Isaquias Queiroz, o melhor atleta olímpico brasileiro da atualidade

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Esqueçam Cesar Cielo, Thiago Pereira, Arthur Zanetti, Fabiana Murer, Sarah Menezes, e os jogadores da Seleção de vôlei e de basquete.

O maior atleta olímpico brasileiro HOJE, em termos de performance, atende pelo nome de Isaquias Queiroz.

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Muita gente que não acompanha o mundo olímpico mais de perto deve estar se perguntando quem é Isaquias. Realmente ele não é dos atletas mais conhecidos no país, já que é da canoagem, modalidade que é pouco midiática não só por aqui mas em quase todo o planeta.

Além disso, a carreira deste baiano no esporte é relativamente curta (em 2011 ele ainda era da categoria júnior), o que dá ainda menos tempo para que ele se torne famoso.

E por que ele então seria o maior atleta olímpico tupiniquim da atualidade? Para responder isso, é preciso mencionar uma série de fatores.

O primeiro e mais importante deles é o fato de Isaquias ter somado neste domingo sua sexta medalha em Campeonatos Mundiais, com o ouro ao lado de Erlon de Souza na prova C2 1.000m. Agora, o baiano nascido na pequena Ubaitaba (cidade das canoas, na língua tupi-guarani) tem três ouros e três bronzes no currículo, em apenas três Mundiais desde 2013. Quem no Brasil tem algo parecido atualmente?

Este número poderia ser ainda maior, por dois motivos. Em 2014, em Moscou, ele perdeu uma vitória certa no C1 1.000m (prova olímpica), ao cair de seu barco nos últimos metros. E neste ano, ele abdicou de competir em duas provas (C1 500m e 1.000m) para priorizar o C1 200m (levou o bronze) e o C2 1.000m (campeão), que tinham vagas para a Rio-2016 em jogo – Isaquias faturou ambas. O baiano poderia ter nove medalhas em Mundiais na parede do seu quarto tranquilamente neste momento.

Mais um argumento a favor do canoísta é o fato dele ter apenas 21 anos, o que ainda dá margem para evolução e alguns anos pela frente para novas conquistas. Em 2011, Isaquias ainda estava nas categorias de base, e conquistou seus primeiros títulos internacionais importantes: foi campeão mundial júnior no C1 200m, e vice no C1 500m.  No Mundial de Milão, neste ano, foi o terceiro atleta mais jovem entre os nove finalistas do C1 200m. O ucraniano Iurii Cheban foi campeão olímpico em Londres-2012 aos 27 anos de idade.

Nesta receita, ainda coloque alguns “temperos”. A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) ganhou mais apoio governamental e de patrocinadores privados (como a GE), e melhorou a estrutura geral para os atletas. Soma-se a isso a contratação do técnico espanhol Jesús Morlan, referência mundial na modalidade e atual treinador de Isaquias. O toque final, obviamente, é o talento de Isaquias. Nada disso daria certo se ele não fosse um competidor excepcional.

Por tudo isso, Isaquias poderia ser considerado o atleta número 1 do Brasil hoje, e é fortíssimo candidato a ganhar medalhas na Olimpíada Rio-2016. No entanto, dificilmente ele se tornará uma celebridade esportiva nos próximos meses. Neste aspecto, a concorrência com Cielo, Arthur, Thiago Pereira, entre outros, ainda é desleal.( Blog Rio 2016)

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