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Dilma chama Temer de traidor após continuidade do processo de impeachment
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira (18) que se considera profundamente “injustiçada e indignada” pela aprovação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, no último domingo (17).
“Considero que esse processo não tem base de sustentação. A injustiça sempre ocorre quando se esmaga o processo de defesa, mas também quando, de forma absurda, se acusa alguém por algo, primeiro, que não é crime, e segundo, acusam e ninguém se refere a qual é o problema”, afirmou a presidente.
Durante o discurso, por vezes emocionado, Dilma declarou que não houve discussão do crime de responsabilidade fiscal do qual ela é acusada durante a sessão da câmera.
Além disso, ela voltou a afirmar que é vítima de um golpe disfarçado de processo democrática. “Vou insistir, pode parecer que esteja insistindo numa tecla só, mas é muito importante, a tecla da democracia. Não há crime de responsabilidade. Os atos pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes da república antes de mim e não se caracterizaram como atos ilegais ou criminosos”, declarou a presidente.
Dilma lembrou ainda de que não enriqueceu de forma ilícita e que não há acusação disso, de desvio de dinheiro ou de ter contas no exterior.
A presidente ainda se manifestou de forma contrária à postura do vice-presidente Michel Temer: “É extremamente estranho, inusitado, estarrecedor que um vice-presidente no exercício do seu mandato conspire contra a presidente abertamente. Em nenhuma democracia do mundo uma pessoa que fizesse isso seria respeitada, porque a sociedade humana não gosta de traidores”, afirmou Dilma.
“Tenho animo, força e coragem suficiente para enfrentar, apesar que com sentimento de muita tristeza, essa injustiça”, disse, também. (Bahia Notícias)
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