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Bahia

Estado gasta quase 3x mais com alimentação de presos do que com refeição de policiais

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Policiais alegaram falta de pagamento para a falta de refeição (Arquivo/AC)

O governo estadual desembolsa mais recursos para bancar a alimentação dos apenados nas unidades prisionais do estado do que ganham os policiais civis por meio de tickets de alimentação. 

Policiais alegaram falta de pagamento para a falta de refeição (Arquivo/AC)

Policiais alegaram falta de pagamento para a falta de refeição (Arquivo/AC)

De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), o gasto diário com os internos chega a R$ 30,08, referentes ao desjejum (R$ 6,10), almoço (R$ 11,99) e jantar (R$ 11,99).
A Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) não respondeu, até o fechamento desta reportagem, de quanto é o vale-refeição dos agentes da Polícia Civil. Mas o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), Marcos Maurício, informou que a categoria recebe benefício de R$ 11 por dia. “Se for plantão, recebe R$ 22 para duas refeições, geralmente almoço e janta”, acrescentou.
De acordo com Maurício, o sindicato já colocou o reajuste na pauta de reivindicação, mas o governo atribui a responsabilidade à federação de servidores, que tem que negociar com o Conselho Permanente de Recursos Humanos do estado.
Seria este órgão, também chamado de Cope, o responsável por direcionar os reajustes. “Tem cinco anos que não foi alterado. Os valores dos presos é alterado todo ano. A situação é crítica. Todos os policiais civis, além de ganhar pouco, tem que complementar o valor para almoçar. A situação piora a cada dia que passa”, reclamou.
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