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‘Meu filho foi vítima de uma emboscada’, diz pai de policial morto em Cajazeiras
A família do soldado da Polícia Militar Éder Ricardo Cardoso de Oliveira, 39 anos, morto a tiros no bairro de Cajazeiras na noite deste domingo (17), acredita que ele tenha sido vítima de uma emboscada.
O pai dele, o marceneiro Bartolomeu Ferreira Oliveira, afirmou que todos na rua sabiam que Éder era PM e que ele foi pego de surpresa com a chegada dos dois homens em uma moto.
“Armaram uma emboscada pra ele, só pode ser, porque ele não estava nessa festa, não estava bebendo e não esperava ser atingido. Foi emboscada. Todo mundo aqui sempre soube que ele era policial, ele nasceu e cresceu aqui, é querido por todos. Perdi meu único filho homem”, afirmou o pai. O crime aconteceu a poucos metros da casa da mãe do soldado. Éder morava com a mulher, a filha e os dois enteados na Boca da Mata.
Tia do policial, Gonçalina Ferreira Oliveira, 60, também confirmou a versão, mas afirmou que o sobrinho não tinha inimigos e era querido por todos na rua, onde aconteceu o crime. Ele foi criado no bairro e era conhecido por ser carismático.
“Era um bom filho, irmão, marido e sobrinho. O que fizeram com ele foi covardia, foi emboscada. Ele não era de briga com ninguém, era um rapaz tranquilo e de família. A farra dele era conosco, a família, era a diversão dele”, afirmou. No momento do crime, acontecia uma festa próximo ao local.
Segundo familiares, Éder tinha ido levar a filha de quatro anos para um aniversário de criança, no caminho 27, onde mora a mãe, e aguardava na Rua Direta, a principal do setor 2. Ele estava com os enteados, quando foi alvejado. O tiro atingiu a boca e atravessou o rosto do policial. “Ele era uma pessoa tranquila, era policial há muito tempo. Era casado há mais de 15 anos, criava os dois filhos da mulher como se fossem filhos dele”, contou Bartolomeu.
Na rua, vizinhos e parentes ficaram abalados com a morte do policial e se reuniram na frente da casa da família na manhã desta segunda-feira (18).
Perseguição
Apesar de a família acreditar que o crime foi uma emboscada, uma vizinha da família contou que um dos enteados de Éder se desentendeu com os dois ocupantes da moto, minutos antes do crime. “Estava tendo uma festa de paredão, a rua estava muito cheia e para evitar de atropelar uma pessoa, ele jogou o carro no passeio e fechou a moto. Cinco minutos depois os caras vieram atrás”, contou Daniela Santos, vizinha do policial.
Ainda segundo ela, um dos homens reconheceu o enteado de Éder e começou a disparar na direção deles. “Um deles disse: ‘aí o carro que fechou a gente’. Então, o carona da moto sacou a arma e um dos enteados percebeu ação. Quando Éder foi sacar a arma também, o carona da moto atirou”, disse. O piloto caiu da moto e o outro homem fugiu correndo, ainda atirando.
A família do policial desmentiu essa versão e reafirmou acreditar que o PM tenha sido alvo de uma emboscada. “Isso que não existiu, meu filho foi vítima de uma emboscada”, reiterou o pai do soldado.
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