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Águia de Haia: Lobistas vendiam ‘projeto fantasma’ e prefeitos ‘sumiam’ com documentos
por Luiz Fernando Teixeira / Rebeca Menezes
O esquema de corrupção praticado em municípios de quatro estados, desmontado nesta segunda-feira (13) pela Polícia Federal, usava projetos “fantasma” ou superfaturados para desviar recursos do Fundeb – fundo de Educação do governo federal.
Durante coletiva realizada na sede da Superintendência da Polícia Federal em Salvador, os delegados federais Fernando Hebert e Muniz explicaram que os intermediadores atuavam como lobistas, vendendo um “produto” que supostamente fazia a inclusão digital do município.
Segundo a PF, 10% da fatura paga iria para o prefeito e 3% para o mediador. “Com certeza os gestores sabiam que eram uma fraude. Nenhum projeto chegou a ser executado. […] Programas de prateleira que pode ser comprado a R$ 3 mil no mercado, no esquema valiam de R$ 120 mil a R$ 400 mil”, disse o Hebert. Os mandados cumpridos nesta segunda foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal (TRF).
Segundo o delegado, o tribunal não expediu mandados de prisão para os prefeitos por não julgar necessário. Um deputado estaria envolvido, mas seu nome não foi divulgado por causa do sigilo da ação. Quatro empresas estão entre as investigadas – duas seriam vencedoras dos processos de licitação e as outras duas “figurantes”. “A mesma pessoa de Minas Gerais veio para a Bahia. Era sempre o mesmo tipo de crime. […] Eles vieram para a Bahia porque o serviço começou a ser muito denunciado nos outros estados”, explicou Herbert. Segundo a PF, o dinheiro não era lançado no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), mas nenhum membro do Fundeb está envolvido no esquema.
Fonte: Bahia Notícias
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