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Ameaças de ataques nas escolas afetam saúde mental dos estudantes baianos

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Desde a ocorrência de ataques em escolas em estados do Brasil, no final de março, boatos de novas ameaças surgem diariamente nas redes sociais. Com acesso facilitado a esses conteúdos que se disseminam por plataformas como WhatsApp, Twitter e TikTok, estudantes baianos vêm sofrendo com crises de pânico e ansiedade por temerem um possível ataque nos locais onde estudam.
Os efeitos das ameaças sobre as crianças e adolescentes podem ser devastadores. Ester de Jesus, 14, vêm sofrendo crises de pânico e ansiedade. Ela é estudante do 8° ano em um colégio estadual de Salvador e, desde que os boatos começaram a circular nos grupos de WhatsApp, ela teme ir para a aula.
Segundo a adolescente, o ambiente escolar tem sido hostil. A nova rotina no colégio envolve a busca por lugares “bons para se esconder” e colegas de sala que levam tesouras, facas e outros objetos pontiagudos para se defender de possíveis ataques. “Eu tenho medo. Ainda não encontrei um esconderijo para mim, mas se algo acontecer eu não vou ficar. Vou buscar minha irmã e fugir”, conta.
Esses são sentimentos que ela tem enfrentado desde que assistiu às coberturas jornalísticas na televisão sobre os ataques em uma escola de São Paulo, no dia 27 de março e outro em creche de Santa Catarina, na última quinta (05). “Eu imaginei que também poderia acontecer na minha [escola]. Tive medo de morrer também”, descreveu a estudante.

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