AÇÃO POLICIAL
Ato em BH tem confronto com balas de borracha, bombas e depredações
Confrontos entre Polícia Militar e manifestantes marcaram o protesto, que começou pacífico em Belo Horizonte nesta quinta-feira (12). Vândalos quebraram agências bancárias, depredaram a Praça da Liberdade e destruíram canteiros.
Nem os pontos de ônibus e lixeiras na Avenida João Pinheiro foram polpados. A polícia revidou com tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
O fotógrafo da Reuters Sérgio Moraes, de 52 anos, ficou ferido na cabeça durante o confronto entre manifestantes e policiais. Segundo o Hospital João XXIII, ele teve um ferimento leve e está em observação na unidade.
Segundo a Polícia Militar, 11 pessoas foram presas e um adolescente, apreendido. Entre os detidos está um médico que, de acordo com a PM, é suspeito de ter virado o carro da Polícia Civil.
O protesto começou por volta das 12h na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. Cerca de 300 pessoas chegaram a se reunir no local. Eram ativistas do Movimento dos Atingidos pela Copa e moradores da Ocupação Willian Rosa, de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles caminharam até a Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, e depois foram para a Praça da Liberdade.
Quando se aproximaram da praça, pela Avenida João Pinheiro, a tropa de choque da Polícia Militar já estava no local, ao redor do relógio da Fifa, que fez a contagem regressiva para o torneio. Alguns manifestantes ficaram irritados com a atitude da polícia, e o confronto começou.
Balas de borrachas, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram lançadas sobre os manifestantes. Alguns mais violentos começaram a depredar canteiros centrais da Avenida João Pinheiro, e a atirarem pedras contra os policiais.
Um senhor que participava da manifestação xingou um policial, que revidou e o jogou no chão. Na confusão, várias pessoas defenderam o manifestante, que foi arrastado por policiais e, depois, liberado.
Após este confronto, o grupo de manifestantes desceu a Avenida João Pinheiro. Alguns usaram pedras e barras de ferro para quebrar as vidraças de uma agência bancária privada. No Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), alguns mascarados quebraram os vidros de um carro da Polícia Civil e o viraram. Um dos manifestantes tentou colocar fogo no veículo, mas sem sucesso.
Grupos pequenos e dispersos voltaram para a Praça Sete, que já estava ocupada por mais militares do Batalhão de Choque. Os manifestantes chegaram a colocar fogo em objetos. Mais tiros foram disparados, e os grupos se dispersaram. (G1)
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