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Bibi Ferreira mostra, no TCA, suas canções preferidas
Cantora e atriz, que será acompanhada pela Osba, conversa como iBahia e diz que cantar com orquestra é mais difícil.
Aos 91 anos de idade, a cantora e atriz Bibi Ferreira está com todo o vigor e comemora 70 anos de carreira. Quem prestigiar a apresentação “Bibi – Histórias e Canções”, show que apresenta no Palco Principal do Teatro Castro Alves, sábado e domingo (26 e 27), vai ver isso de perto. No espetáculo, que já passou por lugares como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, além de Lisboa e Nova York, ela mostra uma seleção de 15 canções que marcaram sua trajetória. Entre uma música e outra, conta histórias das composições ou trechos de sua vida ligados às músicas.
Mas antes de mais nada, ela avisa: “Não é um show biográfico, mas é sobre passagens de minha vida artística. São momentos e canções que eu gosto, com letras lindas e leves”, comenta. No palco, ela canta em diferentes línguas, como Espanhol, por exemplo, e também mistura gêneros.
Como está sempre trabalhando e, ao terminar um projeto já está envolvida com outro, Bibi afirma que não nutre sonhos de cantar algo diferente. Diz que não tem tempo para desejar, simplesmente canta. Sua grande preocupação hoje é ensaiar, decorar as letras e se preparar para os shows. Esta, aliás, ela conta que é a parte mais cansativa de sua rotina artística, embora seja algo muito bom. “Tem dias em que se estuda com facilidade, outras, por conta do tempo, já custa mais”, conta ao iBahia.
Em Salvador, Bibi será acompanhada pela Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), o que para ela é um dos maiores desafios neste show. Acompanhar o tempo correto de tudo não é tão fácil, e para que o show seja perfeito serão feitos, ainda, dois ensaios entre a artista e a orquestra, antes de subirem ao palco. “Estou muito honrada em ser acompanhada pela Osba. É mais dificil cantar com orquestra, preciso seguir a batuta do maestro”, brinca a cantora e atriz, filha de Procópio Ferreira.
Bibi destaca que não há segredos para se manter tão bem e produtiva aos 91 anos. Fazer o que gosta e estar sempre em atividade, segundo ela, mantém a cabeça em movimento e a disposição. A vida sem trabalho, diz ela, é muito chata. “Agora mesmo estava aqui assistindo Capote, que já assisti muitas vezes, mas não posso ficar o dia todo em casa vendo filmes. Gosto da fase preparatória para os shows, é interessante. Sou disciplinada para a música, só não acompanho a escolha do vestido. Isso quem faz são meus assessores. Em Salvador, acho que vou usar um lilás com pedras”, comenta, entre risos.
Durante o show, Bibi interage com o maestro Flávio Mendes. Como o espetáculo não foi escrito e não segue um roteiro do que a cantora vai falar, é ele quem “provoca” as histórias e ela segue, contando. Essa liberdade faz a diferença, porque, apesar de não mudar a ordem das canções, a cada apresentação existe um espetáculo renovado no palco por conta desses diálogos.
Depois de Salvador, Bibi embarca mais uma vez para levar o show a Nova York, pela segunda vez. Na primeira apresentação em solo norte-americano, contou com a participação de Liza Minnelli, na canção ‘New York, New York’. Por falar em parcerias, Bibi sempre preferiu cantar sozinha, mas relembra com carinho a gravação do CD ‘Natal em Família’, com as participações de padre Fábio de Mello, Roberta Miranda, Xuxa e outros, porém, confessa que guarda um outro desejo: “Gostaria de fazer um show, no Rio ou em São Paulo, no qual ao final meus melhores e mais sinceros amigos entrassem para cantar comigo”, revela.
Boa contadora de histórias, ela também ressalta que há muitos anos, em uma visita a Salvador, adquiriu no Mercado Modelo uma pulseira da qual gostava muito, mas que já não a tem mais e promete: “Vou voltar lá desta vez para ver se acho uma igual, algo artesanal”. (Ibahia)
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