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Bahia

Biofábrica de Cacau produz clones de cacaueiros com alta produtividade e resistentes a doenças

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O Festival Internacional do Chocolate e Cacau chega à 10ª edição entre os dias 18 e 22 de julho, em Ilhéus, no sul da Bahia. No município, um importante instrumento para a melhoria da qualidade e da produtividade do cacau é a Biofábrica de Cacau. A unidade é a primeira no mundo destinada à produção em escala industrial de clones de cacaueiros.
São 40 mil metros quadrados de extensão, com capacidade de armazenar 4,8 milhões de plantas, em 20 viveiros, e onde está instalado um dos maiores laboratórios de micropropagação do pais, além de um banco de dados e conhecimentos em protocolos técnicos e científicos certificados por órgãos renomados.
Também estão sendo desenvolvidos na Biofábrica, que é vinculada ao Governo do Estado, experimentos de melhoramento genético e certificação. “Estamos produzindo material de alto valor agronômico agregado, com certificação do Ministério da Agricultura, qualidade e acessibilidade aos produtores”, explica o diretor da Biofábrica, Lanns Almeida.

“Isso tem um impacto positivo na base produtiva, especialmente na agricultura familiar e também na conservação dos ativos florestais, já que atuamos na produção de mudas para restauração da mata nativa”, acrescenta.

Centro de Inovação do Cacau
Para ampliar as novas tecnologias de produção na região, foi criado o Centro de Inovação do Cacau, que funciona na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Ele é parte do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSul), uma parceria do Governo do Estado com a Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Instituto Federal da Bahia (Ifba), Instituto Federal Baiano (IFBaiano) e Uesc.
O CIC tem foco na criação e inovação da cadeia produtiva do cacau e chocolate. O cento realiza serviços como análises físico-químicas e análise sensorial, em busca da melhora da produtividade, qualidade e rastreabilidade das amêndoas, viabilizando o fortalecimento da inserção do cacau baiano nos circuitos produtores de chocolates finos e de origem. Oferece ainda equipamentos com tecnologia de última geração e vai instalar uma planta industrial que permitirá aos produtores a fabricação de marcas regionais de chocolates finos.
“Esse trabalho permite o mapeamento de agricultores e a abertura de novos mercados. Estamos atuando no sentido de que o Brasil seja reconhecido como um país que produz cacau de qualidade, especialmente na Bahia, valorizando o chamado cacau com certificado de origem”, afirma o diretor do Centro de Inovação do Cacau, Cristiano Vilela.

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