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Bovespa fecha em alta, mas cai mais de 3,5% desde o início do ano
Ibovespa subiu 0,76% nesta sexta-feira, para 49.696 pontos.
Medo de mais reduções de estímulos nos EUA influenciou queda em 2014.
A Bovespa fechou em alta nesta sexta-feira (10), após dados considerados fracos da geração de empregos nos Estados Unidos trazerem esperança de que o Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) não reduza os estímulos econômicos para o país na próxima reunião.
O Ibovespa subiu 0,76%, para 49.696 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou R$ 6,5 bilhões.
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Na semana, no entanto, a bolsa acumula queda de 2,52% e desde o início do ano desvalorizou 3,52%. A queda no ano tem relação com a expectativa de que o BC dos EUA reduza mais os estímulos à economia, já que há perspectivas de melhora.
A alta desta sexta foi influenciada por dados fracos do mercado de trabalho dos EUA, na contramão da esperada recuperação. O Departamento do Trabalho informou que os empregadores do país contrataram a menor quantidade de trabalhadores em quase três anos em dezembro. Foram criadas apenas 74 mil novas vagas fora do setor agrícola no período, o menor aumento desde janeiro de 2011, contra expectativa de aumento de 196 mil vagas, da pesquisa Reuters.
“A criação de empregos veio muito abaixo das expectativas, o que é difícil de explicar, pois os (dados) antecedentes vieram melhores. Isso confunde um pouco o mercado e dificulta a leitura para o que o Fed (Federal Reserve) pode fazer na próxima reunião”, disse à Reuters o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.
“No fundo, sugere a possibilidade de o Fed não reduzir novamente os estímulos, o que é bom para renda variável”, acrescentou.
Redução de estímulos
Investidores esperavam dados positivos sobre o mercado de trabalho, que mostrar iaque a economia americana está novamente aquecida. O temor era de que isso poderia levar o Fed a acelerar ainda mais o processo de redução de incentivos ao mercado dos EUA, diminuindo a circulação de dinheiro no mercado.
Um primeiro corte nesse programa, que se baseia em compras mensais de títulos, foi anunciado em dezembro e começou a valer neste mês: são US$ 10 bilhões a menos, para US$ 75 bilhões mensais.
China
Os investidores também foram influenciados, nesta sexta, por dados da balança comercial chinesa de dezembro, que mostraram um quadro misto. O crescimento das exportações desacelerou ligeiramente mais do que o esperado, enquanto as importações aumentaram acima das expectativas.
“Embora a balança tenha vindo abaixo do projetado, as importações vieram boas, mostrando que há demanda e apetite por commodities”, afirmou à Reuters o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.
Ações
A ação preferencial da mineradora Vale ficou entre as maiores influências de alta sobre o Ibovespa, após uma queda de 3,7% na quinta-feira.
O papel da ferrovia ALL foi novamente destaque de alta, em meio a rumores sobre mudanças no controle da empresa e de que uma fusão com a Rumo Logística, empresa de transporte de açúcar da Cosan, está em avaliação. A preferencial da operadora Oi também apareceu entre as maiores valorizações.
Sabesp liderava a lista de baixas após a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) mudar o cronograma de revisão tarifária da empresa. (G1)
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