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Boxeador preso por suspeita de estupro é transferido para Bangu

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A delegada Carolina Salomão, da 42º DP (Recreio), afirmou nesta segunda-feira (8) que o treinador do pugilista da Namíbia Jonas Junias Jonas, preso suspeito de estupro, estava no quarto e não tentou impedir o crime.

O boxeador Jonas Junius entra como porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, na sexta-feira (5) (Foto: Pedro Ugarte/AFP)

Jonas Junias foi o porta-bandeira da Namíbia na abertura da Olimpíada, na sexta (5) (Foto: Pedro Ugarte/AFP)

Segundo a delegada, o pugilista já foi levado para um presídio em Bangu, na Zona Oeste.

“A vítima alega que o treinador dele estava no quarto, viu a abordagem e não chamou a atenção dele. Nem fez nada para coibir. O treinador teria visto [o crime], mas não deve responder como coautor. Mas o mínimo que ele deveria ter feito é ter reprimido”, afirmou Carolina Salomão.

“É um desrespeito às leis e às mulheres brasileiras”, declarou a delegada. O atleta de 22 anos foi preso no domingo (7) por volta de 17h.

O treinador, cujo nome não foi divulgado, ainda será ouvido pela polícia. Junias foi reconhecido por foto e depois pessoalmente pela camareira.

“Ela limpava outro cômodo, ele a agarrou por trás e deu um beijo no pescoço”, disse a delegada. Segundo Carolina Salomão, a camareira contou que, depois de se soltar do suspeito, o atleta ainda fez gestos de atos sexuais e ofereceu dinheiro para a vítima.

A embaixada da Namíbia afirmou que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre o assunto. O Comitê do Rio 2016 afirmou se tratar de uma investigação policial e disse que vai acompanhar o caso.

O caso envolvendo o boxeador, que foi porta-bandeira da Namíbia na cerimônia de abertura da Olimpíada, ocorreu menos de uma semana após outro boxeador, do Marrocos, ter sido preso também suspeito de estupro na Vila Olímpica.

De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de estupro se configura se o autor forçar a vítima a ter conjunção carnal, praticar ato libidinoso (qualquer um que vise prazer sexual) ou obrigar a vítima a permitir que se pratique ato libidinoso com ela. Portanto, qualquer ato com sentido sexual praticado sem consentimento é considerado estupro.Entenda o que diz a legislação brasileira sobre o crime. (G1)

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