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Bruno admite que Elisa foi assassinada

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Caso Eliza Samúdio: Bruno admiti que a modelo com quem teve um filho foi assassinada

Goleiro culpou amigo, negou ser mandante, mas disse que ‘aceitou’ plano. Para o MP, Bruno mandou matar a modelo para não pagar pensão ao filho.

Caso Eliza Samúdio: Macarrão contou ter contratado Bola para matar Eliza Samudio, diz Bruno

Bruno conversa com a juíza Marixa durante interrogatório no seu júri popular em Minas (Foto: Léo Aragão/G1)

Bruno Fernandes de Souza afirmou nesta quarta-feira (6) que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, contou a ele que contratou o policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para matar Eliza Samudio. Interrogado no seu júri popular, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, o goleiro culpou Macarrão pela morte da modelo, negou ser o mandante do crime e disse acreditar que poderia ter evitado o assassinato. “Como mandante, dos fatos, não, eu nego. Mas de certa forma, me sinto culpado”, afirmou o atleta. “Eu não sabia, eu não mandei, excelência, mas eu aceitei”.

Foi a primeira vez que Bruno implicou Bola na morte de Eliza. Até agora, o policial era citado como “Neném” por Jorge Luiz Rosa, primo do atleta menor de idade á época do crime, que disse à polícia ter presenciado a execução da jovem.

Caso Eliza Samúdio: Bruno admiti que a modelo com quem teve um filho foi assassinada

Bruno baixa a cabeça e chora durante interrogatório no seu júri popular (Foto: Renata Caldeira / TJMG)

O advogado perguntou a Bruno se achava que, quando Macarrão se referiu a Neném, queria dizer Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O goleiro respondeu que sim e falou que ficou sabendo por meio da imprensa que Bola tinha vários apelidos, como “Neném” e “Paulista”. Ele disse que tem medo do policial.

Macarrão, em sua confissão à Justiça em novembro, disse não saber quem seria o executor de Eliza Samudio. O amigo de Bruno afirmou no júri popular em que foi condenado a 15 anos de prisão que deixou a modelo em uma rua escura e que ela entrou em outro carro.

Bruno admitiu pela primeira vez desde o início do caso que a modelo com quem teve um filho foi assassinada. O jogador contou que Macarrão e o primo Jorge Luiz Rosa, menor de idade na época, deixaram o sítio com Eliza e Bruninho, voltando mais tarde apenas com o bebê.

“Perguntei para eles: ‘poxa, cadê Eliza? Pelo amor de Deus, o que vocês fizeram com ela?'”, afirmou Bruno. “Neste momento, Macarrão falou assim: ‘ó, eu resolvi o problema, o problema que tanto te atormentava'”.

O interrogatório de Bruno teve início às 14h04. Bruno e a ex-mulher Dayanne Rodrigues enfrentam júri popular por crimes relacionados ao desaparecimento e à morte de Eliza Samudio, com quem o goleiro teve um filho. O atleta responde pela morte e ocultação de cadáver da modelo e pelo sequestro e cárcere privado da criança. A ex-mulher responde pelo crime de sequestro e cárcere privado de Bruninho.

Bruno pediu para contar à sua maneira a história, iniciando o relato. Ele disse que conheceu Eliza em uma festa na casa de um amigo, em 2009, que teve relações sexuais com ela apenas uma vez, e que a modelo “tinha se envolvido com outras pessoas naquela noite”.

O goleiro afirmou que, durante a gravidez, teve várias discussões com Eliza. “Ela realmente cobrava de mim que eu arcasse com as despesas. E eu ajudei sim, só que ela queria que eu ajudasse mais. Só que eu não tinha feito exame de DNA”. O réu disse que, depois de algum tempo, Eliza “contratou uma advogada”, que passou a conversar com ele.

“E eu conheci a criança, após seu nascimento”, disse Bruno. “Eu fiquei feliz pelo fato de a criança ter nascido saudável […] eu sempre quis ter uma criança. O Bruninho ali, eu fiquei muito feliz com a presença dele”, completou.

O goleiro, que na época do crime era titular do Flamengo, é acusado pelo Ministério Público de planejar a morte para não precisar reconhecer o filho nem pagar pensão alimentícia. Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para o sítio do goleiro em Esmeraldas (MG), segundo a denúncia, onde foi mantida em cárcere privado. Depois, foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. Do G1

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