DE OLHO NO ESPORTE
Em busca do tetracampeonato, Bernardinho exalta reviravolta no ano
Mal havia começado a temporada e, em junho, a seleção brasileira masculina de vôlei já era dada como morta. Nos sete primeiros jogos da Liga Mundial, ganhou apenas dois e perecia fadada a uma eliminação precoce, ainda na primeira fase.
Mas aí vieram quatro vitórias em cinco partidas, a classificação para a fase final, conquistando depois a prata no torneio – perdeu aquele título para os Estados Unidos. Pouco mais de 100 dias depois, o Brasil está classificado para sua quarta final consecutiva de Mundial de Vôlei, com uma campanha quase perfeita e nenhuma desconfiança sobre o time montado pelo técnico Bernardinho. Nem o fato de Murilo, principal nome da equipe, claramente estar jogando aquém da sua melhor condição física, coloca dúvidas sobre a qualidade da seleção brasileira no momento.
“Nenhum time passou por tantas provações como o nosso. Desde um início ruim na Liga Mundial, quando fomos muito criticados, depois fizemos vários jogos de vida ou morte ainda na Liga e, depois, aqui no Mundial, enfim, chegar aqui nos dá muita satisfação”, comentou Bernardinho, após a vitória por 3 sets a 2 sobre a França, neste sábado, em Katowice, na Polônia, que classificou o Brasil para a final.
Entre os segredos dessa reviravolta está a confiança que Bernardinho depositou no novato Lucarelli, que seguidamente tem sido o melhor pontuador da equipe. Na semifinal deste sábado contra a França, não foi diferente: foram 22 pontos do garoto de apenas 22 anos, hoje titular absoluto da seleção. Os centrais Lucão e Sidão, juntos, anotaram outros 29, dando opção de qualidade para o levantador Bruno.
“Para nós, foi um jogo um pouco chato, porque eles defendem muito, mas nós tivemos paciência, principalmente no tie break, quando conseguimos abrir um pouco de vantagem para conseguir essa vitória”, comentou Lucão, após a apertada vitória deste sábado sobre os franceses.
A França, que não era candidata a medalha antes do Mundial, acabou surpreendendo e chegou à semifinal como primeira colocada do seu grupo na terceira fase – o Brasil avançou em segundo lugar na outra chave, atrás da anfitriã Polônia, contra quem jogará novamente na final deste domingo. Mesmo assim, pelo peso da camisa, o time brasileiro era favorito neste sábado e mostrou isso em quadra.
“Pretendemos continuar uma história que começaram a escrever lá atrás, e colocar o nome do Brasil na história do esporte coletivo através de um tetracampeonato mundial consecutivo. Sonhamos isso desde abril, quando nos encontramos em Saquarema (no CT do vôlei brasileiro). Queremos muito esse título”, avisou Bruno, que é o capitão da seleção. (Correio da Bahia)
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