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Em jogo emocionante, Uruguai bate Itália por 1 a 0 e garante vaga

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No confronto de duas grandes seleções, conhecidas por estarem acostumadas a sofrer, tudo que poderia se esperar do confronto decisivo entre Itália e Uruguai era muita emoção.

(Fotos: AFP)

(Fotos: AFP)

Só que nos últimos tempos ninguém soube mais se impor em jogos de fortes emoções do que a equipe uruguaia e foi o que aconteceu nesta terça-feira. Em mais um duelo de muita entrega, o time de Óscar Tabárez venceu por 1 a 0 na Arena das Dunas, em Natal, e garantiu a vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. E se no duelo diante da Inglaterra o herói foi Luis Suárez, desta vez o zagueiro Godín decidiu a favor dos uruguaios.

Gigante na defesa, ele foi novamente decisivo no ataque, como aconteceu tantas vezes durante a temporada pelo Atlético de Madrid, e marcou de cabeça, já aos 35 minutos do segundo tempo, o gol salvador. O Uruguai chegou aos seis pontos, ultrapassando a Itália, que ficou com três, e ficando atrás somente da surpresa Costa Rica, que acabou na ponta do Grupo D com sete.

O JOGO
O começo foi do Uruguai, que conseguiu encaixar a marcação por pressão e não deixava a Itália sair jogando. Cavani se desdobrava entre o ataque e a marcação de Pirlo e exercia bem a função. As chances, no entanto, eram inexistentes, com um chute de antes do meio de campo de Cáceres sendo o destaque nos primeiros minutos.

Em cobranças de falta, no entanto, não tinha como Cavani parar Pirlo e o italiano mostrou toda sua qualidade aos 11 minutos, quando bateu direto uma falta de longe e exigiu defesa de Muslera. Como era esperado em jogo tão decisivo, nenhuma das equipes se arriscava muito e os sistemas defensivos levavam a melhor em quase todos os lances.

Quando isso não acontecia, paravam os ataques com faltas. Foram 13 nos primeiros 17 minutos. Mesmo precisando da vitória, o Uruguai esperava a Itália para explorar os contra-ataques, como já havia feito contra a Inglaterra. Mas o time italiano, satisfeito com o empate, ia com poucos jogadores ao ataque.

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Diante da retranca de um e da pouca força ofensiva do outro, o jogo era bem morno. Somente aos 32 minutos a primeira chance de fato foi criada. Suárez recebeu de Cristian Rodríguez, tabelou com Lodeiro e, na saída de Buffon, tentou o chute, mas parou no goleiro.

O rebote ficou com Lodeiro, que encheu o pé, mas Buffon voou para fazer outra grande defesa. E foi só, em um primeiro tempo de muita briga e pouca qualidade técnica, que terminou sob vaias dos presentes na Arena das Dunas.

Na volta para o segundo tempo, logo aos seis minutos, Cavani se enroscou com Chiellini na área e ficou pedindo pênalti. Mas foi só uma ameaça de pressão uruguaia. O time parecia não ligar para o passar do tempo e a falta de gols e seguia com a proposta de esperar os italianos para tentar os contra-ataques.

Como na primeira etapa, não dava certo pela falta de ímpeto do adversário. Aos 13 minutos, no entanto, apareceu a categoria de Luis Suárez, que tabelou e enfiou bola perfeita para Cristian Rodríguez. O meia se afobou na frente de Buffon e jogou para longe. A chance perdida era um prenúncio de que o jogo estava para mudar, o que aconteceu logo no minuto seguinte. Marchisio perdeu a cabeça e solou o joelho de Arévalo Ríos.

Cartão vermelho direto para o meia e Itália ainda mais retrancada. Somente com a vantagem numérica o Uruguai finalmente foi para cima e exigiu outra grande defesa Buffon. Aos 20 minutos, Suárez aproveitou sobra após chute de Cavani e tentou tocar na saída do goleiro, que fez defesa incrível. A falta de um meia de criação de qualidade fazia com que a pressão uruguaia se limitasse a cruzamentos para a área, que a zaga italiana afastava sem problema.

Mas de tanto insistir, o Uruguai buscou o gol salvador, justamente em uma jogada pelo alto. Aos 35 minutos, Gastón Ramírez bateu escanteio da direita. A bola pareceu buscar Godín, que depois de uma temporada fantástica pelo Atlético de Madrid, desta vez escreveu seu nome na história da seleção uruguaia. Ele tocou meio torto, de costas, mas com força o suficiente para a bola morrer na rede, no canto esquerdo de Buffon.

Nos últimos minutos, a Itália ainda exerceu pressão, também com lançamentos para a área, mas nada dava certo. Até Buffon chegou a ir para frente em uma falta nos acréscimos, mas o apito final deu início ao choro e à comemoração uruguaia com mais um resultado histórico. (Correio da Bahia)

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