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Grilos invadem casas, comem roupas e infestam cidades no norte da Bahia
Moradores de municípios como Cansação, Monte Santo e Euclides da Cunha, norte da Bahia, estão reclamando de transtornos causados pela quantidade de grilos que apareceram na região.
Segundo eles, os insetos invadem residências, fazem barulho e danificam as roupas. A Vigilância Epidemiológica de Monte Santo e Euclides da Cunha afirma que o problema começou há cerca de três semanas e que o caso será investigado.
“Eu diria que tem uma quantidade de grilos acima do normal. Está aparecendo em quase todo muncípio. Zona rural a mesma coisa. Além do incômodo de abrir a porta de casa e encontrar eles, tem essa questão de estarem comendo a roupa”, afirma Humberto Oliveira, presidente do Sindicato Rural dos Trabalhadores de Monte Santo.
“Fica um transtorno porque eles estão em todos os lugares, nas casas, nas ruas. Para dormir a gente, que está acostumado a acordar cedo, não tem problema. Mas o barulho realmente é muito grande”, reclama Paulo Henrique, funcionário do Hospital Municipal Monsenhor Berenguer.
Para Humberto Oliveira, o clima influencia no aparecimento dos grilos. “Geralmente isso acontece quando o tempo está úmido, quando tem chuva. Mas estamos com o tempo seco e eles estão aparecendo”, diz.
Erica Daniela, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Monte Santo e Euclides da Cunha, confirma que os grilos apareceram em grande quantidade em municípios da região. No entanto, ela conta que os moradores ainda não fizeram reclamações sobre os transtornos causados pelos insetos.
“Não chegou nada ao extremo, nenhuma situação de alarme. Também não chegou ninguém reclamando na Secretaria de Saúde. O que eu sei foi o pessoal reclamando nas ruas da questão relacionada às roupas, porque eles ficam entrando e podem causar algum problema alérgico. Também sobre a questão de destruírem [as roupas]”, relata a coordenadora.
De acordo com Erica Daniela, a causa do aparecimento dos insetos ainda não foi identificada. “Vou ver o porquê disso acontecer nessa época do ano, vou investigar a quantidade de grilos. Também vou procurar saber da situação, entrar em contato com alguns órgãos ambientais para tentar descobrir o motivo”. (G1)
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