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Jovem faz apelo nas redes sociais para ex-marido que matou seus dois filhos não ser solto

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Ciumento, João ateou fogo no apartamento do casal, matando a menina de 2 anos e outro bebê de 3 meses.

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Bárbara fez apelo nas redes sociais para ex-marido que matou seus dois filhos não ser solto

Uma jovem está revivendo os piores momentos da sua vida. Nas redes sociais, Bárbara Penna de Moraes e Souza fez um apelo para que seu ex-marido não fosse solto pela Justiça. Em 7 de novembro de 2013, João Guatimozin Moojen Neto brigou violentamente com a esposa e decidiu incendiar o apartamento em que eles moravam em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Na época, a jovem de 19 anos perdeu os dois filhos e ficou gravemente ferida no incêndio. Isadora, de 2 anos, e João Henrique, de apenas 3 meses, além de um vizinho, que tentou ajudar a apagar o fogo, morreram na trágica noite.

Há dois anos João está preso na Penitenciária Estadual de Charqueadas e já teve três advogados de defesa. De acordo com informações do jornal ‘Extra’, ele foi denunciado pelo Ministério Público por três homicídios dolosos qualificados, uma tentativa de homicídio e por ter incendiado o apartamento do casal.

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Isadora, de 2 anos, e João Henrique, de apenas 3 meses, morreram no incêndio

Pedido de soltura
Desde o crime, Bárbara tem tentado reconstruir sua vida. A jovem tem dado palestras e entrevistas, contando como conseguiu se recuperar da imensa tragédia. Mas, nas últimas semanas, o pesadelo recomeçou.

Há duas semanas, o advogado Nereu Giacomolli, hoje responsável pelo caso, entrou com um pedido de habeas corpus, que será analisado pelo ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em seu perfil no Facebook, a jovem fez um desabafo sobre a possibilidade de João responder ao processo criminal em liberdade. “Peço a TODOS, a imprensa, as pessoas de bem, que tiveram experiências parecidas, que se sensibilizam, que me conhecem ou aquelas que me admiram mesmo de longe, que possam tentar se colocar no meu lugar, em saber que a pessoa que DESTRUIU a minha vida, e que quer me ver num caixão morta, pode sair, curtir uma praia, ir ao shopping, dividir o acento (sic) do cinema do seu lado, ou até mesmo, namorar a filha de vocês, enquanto espera numa boa. Como se nada tivesse acontecido???”, escreveu Bárbara.

Mais uma vitória
A jovem conseguiu mobilizar diversas pessoas nas redes sociais e, também, a imprensa gaúcha. Em poucos dias, as postagens de Bárbara alcançaram mais de 2 milhões, 160 mil acessos, além de 81 mil compartilhamentos.

Na última quinta-feira (17), Bárbara dividiu uma nova conquista com os seguidores: o pedido de habeas corpus de João foi negado pela Justiça. “Quero muito agradecer, primeiramente a Deus, que nunca me deixou sozinha e sempre me mostra a verdade. Agradecer a cada amigo, cada pessoa, que mesmo não sendo meu seguidor, ajudou a curtir”, disse ela.

“Agradecer a imprensa, os veículos de comunicação, com seus profissionais, seja escrito, por rádio, TV e web. Agradecer o abaixo assinado criado por uma seguidora do Facebook, pelas mais de 4560 assinaturas na mesma”.

“Agradecer a criação do manifesto das entidades civis e políticas, e em especial, a comissão de proteção a mulher da Assembleia Legislativa do RS, a Câmara Municipal de Porto Alegre, o Senado Federal pela comissão em defesa a mulher. E demais entidades que assinaram o manifesto que será entregue em breve ao Ministro Dantas”, escreveu Bárbara no Facebook.

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Entenda o caso
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Segundo informações do jornal ‘Extra’, Bárbara Penna de Moraes e Souza e João Guatimozin Moojen Neto viviam uma relação complicado, por conta do ciúme excessivo do marido. Após mais uma noite de desentendimento, no dia 7 de novembro de 2013, Bárbara foi para o quarto.
Minutos depois de se deitar, ela sentiu o peso do marido sobre suas costas, teve seu pescoço puxado para trás e desmaiou. Bárbara só conseguiu acordar por causa do cheiro do álcool.

João, na época com 22 anos, havia despejado o líquido por toda a casa e riscado um fósforo. Em outro quarto dormiam os filhos do casal: Isadora, de 2 anos, e João Henrique, de apenas 3 meses.

Na tentativa de pedir socorro, já com o corpo em chamas, Bárbara se jogou do terceiro andar. As duas crianças acabaram morrendo, intoxicadas pela fumaça.

Na época, a Polícia Civil confirmou mais um óbito decorrente do crime: um vizinho do sexto andar, Mário Ênio Pagliarini, 76 anos, também morreu sufocado, no corredor do prédio, enquanto tentava entrar no apartamento de Bárbara para prestar socorro.(Correio)

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