Lidiane Leite, ex-prefeita da cidade de Bom Jardim, no Maranhão, passou a noite em alojamento após a Justiça suspender na madrugada desta terça-feira (29) a transferência da jovem de 25 anos para a Penitenciária Feminina de Pedrinhas.
Lidiane, que passou 39 dias foragida da PF e se entregou ontem (28), era procurada após ter tido a prisão decretada por suspeita de desviar verba da Educação no município. A ex-prefeita ostentava vida de luxo nas redes sociais. Ela chegou a ser levada por volta da 0h30 para o Complexo de Pedrinhas, mas com a liminar da defesa, Lidiane será recolhida no Presídio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA). Ela passou a noite em alojamento do quartel, usado normalmente por médicos do Corpo de Bombeiros. No local há janela, banheiro, duas camas de solteiro e ar-condicionado, além de ser equipado com televisão e frigobar, que foram retirados do alojamento de Lidiane após ordem judicial. A liminar que pedia a suspensão da transferência da ex-prefeita alega que a integridade dela corria risco com a estadia.
Entenda o caso – A PF investiga transferências feitas da conta de prefeitura para a conta pessoal de Lidiane em um montante de R$ 40 mil ao longo de um ano, realizadas em parcelas de R$ 1 mil. Além disto, a conta do advogado da prefeita também recebeu transferências de mais de R$ 200 mil em menos de um ano. Lidiane foi eleita pela primeira vez em 2012, aos 22 anos. Na época, o então namorado da jovem, Beto Rocha, teve a candidatura impugnada ao ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, informa o G1 Maranhão. A garota assumiu o lugar dele e venceu as eleições.
A prefeita então passou a compartilhar fotos da nova rotina nas redes sociais, ostentando uma vida de luxo. “Eu compro é que eu quiser. Gasto sim com o que eu quero. Tô nem aí pra o que achem. Beijinho no ombro pros recalcados”, escreveu Lidiane em seu perfil pessoal no Facebook. Ela já tinha sido afastada do cargo três vezes – em abril de 2014, por 30 dias, após denúncias de improbidade administrativa. Lidiane retornou ao posto em 72 horas, após obter liminar na Justiça. O segundo afastamento aconteceu em dezembro de 2014, e pedia um afastamento de 180 dias. A terceira vez foi em maio de 2015. Ela também retornou ao cargo em 72 horas nesta ocasião. (Correio)
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