Bahia
Mãe diz que professora cortou língua de criança como castigo em creche na Bahia
A mãe de um menino de 4 anos que estuda em uma escola particular do bairro de Dom Avelar, em Salvador, acusa a professora do garoto de ter cortado a língua dele como castigo.
A dona de casa Joátila Bispo disse ao portal de notícias G1, nesta segunda-feira (18), que a suposta agressão aconteceu na terça-feira (13), após o menino ter mostrado a língua para a professora.
A mãe afirma que, inicialmente, o menino contou à irmã e a uma tia que se machucou ao bater a cabeça em uma mesa. Depois, a criança teria mudado a versão e revelado que foi a professora que o agrediu.
Joátila Bispo registrou queixa na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Derca) na terça e prestou depoimento à polícia no domingo. O G1 tentou contato com a creche onde teria ocorrido a agressão, mas uma funcionária disse que, por enquanto, não iria comentar o caso.
Investigação
Segundo a delegada da Derca, Ana Cricia Macêdo, a delegada plantonista Cintia Ilmara, que não foi localizada na delegacia nesta segunda, é a responsável pela investigação do caso. A polícia ainda apura as causas da lesão, e a professora não havia sido ouvida até esta segunda-feira.
“Ele [menino] disse que deu língua a ela e ela cortou a língua dele. Ela [professora] também teria ferido ele na orelha, apertando a orelha com a unha”, afirma a mãe.
Joátila Bispo afirma que não estava em casa no dia da agressão. A irmã mais velha do garoto foi buscá-lo na escola, quando o garoto mostrou a lesão na língua e contou que tinha batido a cabeça na mesa.
Ao chegar em casa, o menino contou a mesma versão à tia, irmã da mãe. “Minha irmã achou estranho e foi atrás da professora. Ela [professora] falou que não sabia de nada”, afirma a dona de casa.
Joátila diz que o menino foi levado pela tia para uma unidade de emergência em São Marcos, onde uma médica orientou a encaminhar a criança para um hospital, porque o corte era profundo.
Uniforme
Joátila conta que então levou o menino para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ele passou por uma pequena cirurgia, levou três pontos e foi liberado. A criança também fez exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), segundo a dona de casa.
A mãe também acusa a professora de ter trocado o uniforme da criança, que pode ter ficado sujo de sangue, a fim de ocultar a agressão. “Trocaram o uniforme dele, com certeza. Porque deve ter melado de sangue. O tamanho é diferente, é maior”, diz Joátila.
A dona de casa afirma que a professora constrangeu a criança para que ela não contasse à família sobre a agressão. “Ela meteu medo no menino”, afirma. A mãe disse que o garoto não vai à escola desde o dia do ocorrido. “Ele ficou traumatizado, não quer mais ir.” (G1)
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