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Malu Fontes: Ufba – a segurança, a polícia e as armas
Antes de terminar a primeira semana à frente da reitoria da Universidade Federal da Bahia, o professor João Carlos Salles deparou-se com um incidente que, mesmo antes de acontecer, não na forma como aconteceu.
No dia 11 de setembro, um aluno foi atingido por um tiro disparado por um segurança da empresa terceirizada pela universidade após ser flagrado pichando um muro na Escola Politécnica.
Independentemente desse episódio, vê-se com frequência os alunos da Ufba reivindicando segurança nos diversos campi e cobrando providências quanto aos assaltos ocorridos nas linhas de ônibus exclusivas dos estudantes, ou seja, nos micro- ônibus chamados buzufba. A primeira questão que surge quando se lê nos jornais os estudantes da Ufba pedindo socorro pela falta de segurança nos campi e nos ônibus exclusivos é a reflexão da população de Salvador diante disso, que pede a mesma coisa fora da universidade e talvez se pergunte por que o socorro a ela deva ser mais importante do que aquele esperado por quem está fora dela.
Um aspecto não pode ser perdido de vista: é possível ter uma Ufba segura numa cidade insegura? Responder sim é afirmar que a universidade se assume como uma ilha, tese com a qual a sociedade dificilmente concordará.
A segunda questão é mais complexa e diz respeito à absoluta falta de consenso sobre o que significa ser atendido em um pedido de socorro quanto à insegurança pública. Se há algo sobre o que reina o dissenso na universidade é sobre a presença da polícia dentro dos campi. Entre alunos, funcionários administrativos, professores e pais de alunos, as opiniões divergem de oito a oitenta e isso quer dizer muita coisa, pois o que um pede não é nem de longe o que o outro quer receber como sendo sinônimo de proteção. Quando a sociedade pede socorro, pede polícia e policiamento. (Correio da Bahia)
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