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Medeiros Neto: Juíz manda soltar homicidas e estrupadores por falta de comida na cadeia
O juiz substituto da comarca de Medeiros Neto, Ricardo Costa e Silva, expediu quinze alvarás de liberdade provisória a acusados detidos na carceragem da delegacia da cidade nesta terça (02) e quinta-feira (03).
Dentre os suspeitos libertados pelo magistrado, que é da comarca de Itanhém, estão homens acusados de homicídio, tráfico de drogas, estupro e roubo. Em entrevista à TV Bahia, o juiz declarou que o principal motivo para a decisão foi o fato de que os processos dos detentos passaram do prazo de julgamento. Segundo ele, alguns deles estavam mais de 120 dias presos aguardando a formação da culpa, que por vezes dependiam apenas de laudos periciais do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A decisão beneficiou suspeitos como Joel Mota Júnior, o Junão, acusado de assassinar a própria companheira, Marinei Cruz da Silva, 46, em 21 de novembro do ano passado. Ele é suspeito de ter utilizado um instrumento de corte utilizado na colheita da cana-de-açúcar para atingir a cabeça da mulher. Segundo a polícia local, a força do golpe fez com que a vítima quase fosse decapitada e deixasse à mostra a parte interna da boca.
Como parte da motivação para libertar os detentos, o juiz diz que foi informado pelo procurador de justiça que detentos estavam ficando no corredor, em decorrência do grande número de presos na carceragem. O delegado da unidade, Kléber Gonçalves, confirma que a delegacia estava abrigando mais do que a sua capacidade máxima, que é de oito pessoas: “No mundo inteiro acontece isso e aqui não era diferente, estávamos com 18″, relativizou. (Correio)
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