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Menino que ficou preso entre paredes de casas tem alta e família recebe ajuda para reformar imóvel
O garoto de cinco anos, que ficou preso entre paredes, na última sexta-feira (5), recebeu alta e se recupera em casa, no Bairro da Paz, em Salvador. Neste sábado (6), o pequeno Ian e sua família tiveram a oportunidade de encontrar os profissionais que ajudaram no resgate.
O agente de portaria Willams Andrade e o motorista Luiz Gustavo Novaes foram acionados por vizinhos para executar o resgate, que durou cerca de uma hora. “É um alívio e gratidão ajudar o próximo”, comenta Willams.
A família de Ian é mantida pela bisavó do garoto, Selma Pinto, 63 anos, que sustenta a casa com o dinheiro que consegue com benefício do governo. Ela deixou o garoto em casa para tentar buscar ossos de galinha que são distribuídos de graça em uma granja do bairro.
“Se eu soubesse que isso poderia acontecer, não teria ido, mas estava quase sem dinheiro nenhum para comer”, lamentou.
Em situação de fragilidade financeira, depois do acidente a família contou com ajuda de um comerciante do bairro, que enviou blocos, cimento e massa corrida para recuperar a parede destruída com marteladas durante o resgate do menino.
Como foi o caso
Ian ficou preso entre duas paredes ao tentar passar em um vão com cerca de 20 centímetros que separa os imóveis. Ele acordou, não encontrou a bisavó em casa e entrou no espaço até ficar preso. Durante o resgate, enquanto a parede era quebrada, o menino chegou a ficar apenas com a cabeça presa.
Os primeiros que tentaram retirar a criança foram moradores que ouviram o choro. Em seguida, foram até o posto de saúde na região e conseguiram ajuda dos dois profissionais: agente de portaria Willams Andrade e o motorista Luiz Gustavo Novaes.
Willams disse que a preocupação maior era a posição em que o garoto estava.
“Ele estava em uma posição desconfortável, pendurado pela cabeça. O pescoço estava bem esticado e a gente se preocupou com isso. Cortamos embaixo para ele ter uma posição melhor e a gente estourar o outro lado da parede”, disse.
Apesar do susto, a criança teve apenas arranhões nas pernas e nas orelhas e foi levada à Unidade Básica de Saúde (UBS) Orlando Imbassay.
G1 Bahia