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Natal eleva faturamento de sex shops em SP, dizem empresários
Nos sex shops de São Paulo o Natal é simbolizado pela figura feminina. Não há espaço para o papai noel: quem alavanca as vendas é uma versão ousada da mamãe noel. Os limites para a adaptação comercial são ilimitadas.
Além das minúsculas fantasias, lingeries sensuais e até algemas ganham figurino natalino. Ana Maria Faro, proprietária de um sex shop de alto padrão na região de Moema, na Zona Sul da cidade, revela que em 2014 diversos produtos eróticos foram opções de presente não apenas entre casais. Foi-se o preconceito, ficou a sacanagem.
“Antigamente as pessoas compravam somente para uso próprio. Hoje em dia, compram para dar de presente. Isso mudou bastante. Não é mais um tabu vir aqui na loja para escolher um presente de Natal”, disse. “Esse ano nós percebemos que os produtos eróticos entraram para a lista de presentes de amigo secreto da família e até de trabalho.”
Os vestidos de mamãe noel, segundo Ana Maria, são mais procurados por mulheres que desejam apimentar ceias íntimas, ou o pós-ceia. Este ano, às vésperas do dia 25, a empresária garante que restavam apenas dois modelos no estoque. “Vendemos muito bem. Representou cerca de 30% do volume de vendas. Esse valor geralmente corresponde ao que vendemos de lingerie para o período”, explica.
As roupas íntimas sensuais encabeçam a lista dos presentes escolhidos pelos homens para as respectivas parcerias. A venda de lingeries, no Natal, tem sido melhor do que em outra data comemorativa aquecida para o setor.
“As lingeries vermelhas costumam sair mais do que no dia dos namorados. As pessoas estão menos tímidas, com menor preconceito de procurar, entrar nas lojas. Este ano, de 30% a 40% das vendas totais foram só de lingerie vermelha”, revela Carolina Assunção Dias Bueno, gerente de um sex shop na região dos Jardins, na Zona Sul.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o sachê gel de morango, a fantasia de Mamãe Noel, o aromatizante bucal morango, e um “kit selvagem” – que inclui algemas e chicotes – foram os produtos mais vendidos para este Natal.
Os empresários do ramo celebram o resultado. “As fantasias e acessórios não sobraram nada, saíram quase todas. Então podemos ver que as pessoas estão se preparando de outra forma para a noite de Natal”, comemora Ana Maria. (G1/Bahia)
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