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“Nunca irei me entregar”, diz Trump em pronunciamento após condenação

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“Nunca irei me entregar”, diz Trump em pronunciamento após condenação

“Eu sou o candidato líder nas pesquisas a ponto de ser capaz de acabar com a eleição, mas eu não posso dizer isso, só vocês podem”, afirmou Donald Trump em seu primeiro pronunciamento oficial após a condenação por 34 crimes relacionados à falsificação de registros contábeis para esconder o suborno à atriz pornô Stormy Daniels, ocorrido em 2016, determinada após sessão ocorrida em Nova York entre quarta e quinta-feira (29 e 30/5).

Antes mesmo de a coletiva de imprensa ter início, a frase “nunca irei me entregar” era estampada em um banner de divulgação.

Ao fim do júri, na quinta-feira (30/5), Trump já havia afirmado que o julgamento havia sido manipulado, porém, o pronunciamento oficial do ex-presidente ocorreu apenas no final da manhã desta sexta-feira (31/5). “Condenação injusta”, avaliou.

“Eu nunca tinha visto isso de falsificar documentos comerciais. Foi uma despesa legal, jurídica. Eu poderia ir no livro de registros de transações de qualquer pessoa aqui e conseguir acabar com a sua vida. Isso nunca deveria ser possível de acontecer com um presidente e não podemos deixar isso acontecer de novo em qualquer futuro”, continuou Trump.

A condenação histórica do ex-presidente tem como pano de fundo a disputa eleitoral que polariza os Estados Unidos entre os candidatos republicano e democrata, Joe Biden, atual presidente do país.

“Joe Biden é o presidente mais incompetente e mais burro que já tivemos. Ele é um grande perigo para o nosso país e a única maneira que tem de ganhar [a eleição] é fazendo o que está fazendo: indo a tribunais. Estamos lidando com um país corrupto. As eleições estão comprometidas. Nós vamos lutar! Estou muito ansioso por isso”, exclamou Trump.

Durante o discurso, o empresário pediu por um juiz sem conflitos de interesse. Ele ainda se defendeu e afirmou que o dinheiro entregue à atriz pornô Stormy Daniels “não era suborno e sim um acordo de confidencialidade, totalmente honesto“.

Ele voltou a pedir que seus apoiadores realizem doações com o objetivo de angariar fundos para a sua candidatura. Desde o veredito, a equipe do polótico redirecionou o site de sua campanha diretamente para uma página de arrecadação de dinheiro.

Na quinta-feira, inclusive, o site chegou a sair do sistema após inúmeras doações. “Nós recebemos dinheiro de doadores pequenos e, ao todo, temos o recorde de US$ 39 milhões. Eu queria agradecer todos que estão me apoiando, a todos que estão aqui fora”, revelou.

Trump cita pesquisa

Na coletiva de imprensa, o ex-presidente citou, ainda, uma pesquisa recente de intenção de votos, realizada pelo jornal britânico Daily Mail, que diz que o ex-presidente cresceu seis pontos percentuais desde a condenação. “As pessoas desse país sabem que é uma farsa. Nós vamos entrar com recurso, não permitiram testemunhas e que eu falasse.”

Ele ainda reiterou o posicionamento contra imigrantes e disse que fronteiras serão fechadas.

“Temos níveis recordes de terroristas que estão entrando no nosso país. Quase 3 mil pessoas da China chegaram. Eles tem barracas, os melhores celulares… parece que estão fazendo um exército. Estamos perdendo o nosso país. Quero fazer tudo de possível para salvar a América. Vamos continuar lutando para tornar a América grande de novo. O dia 5 de novembro será o dia mais importante da história do nosso país”, finalizou Trump, que falou por cerca de 30 minutos e não respondeu a perguntas de jornalistas.

Apesar de ser considerado culpado por 34 crimes relacionados à falsificação de registros contábeis, a pena de Donald Trump será anunciada apenas em 11 de julho pelo juiz Juan Merchan. As chances de que o ex-presidente seja mandado para a prisão, entretanto, são consideradas pequenas.

Vale destacar que a sentença será anunciada a poucos dias da Convenção Nacional do Partido Republicano, em que será anunciado o candidato do partido para disputar as eleições deste ano e que, mesmo com a decisão jurídica, a legislação norte-americana não impede que Donald Trump dispute a presidência. (Metrópoles)

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