AÇÃO POLICIAL
PM baleado por ladrões morreu esperando vaga na UTI, dizem familiares
O corpo do policial militar Leonardo Fernandes Prata, 34 anos, foi sepultado ontem no Cemitério Campo Santo, na Federação. O PM foi baleado quando tentava impedir um assalto no Engenho Velho de Brotas, na última quinta-feira.
Ele foi atingido no peito e na mão e encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por uma cirurgia e ficou à espera de uma vaga na UTI. Ontem, familiares e amigos do PM contaram que ele morreu enquanto esperava pela vaga. “Ele fez a cirurgia e ficou esperando a vaga, mas tinham duas pessoas na frente dele. Tentamos transferência para o (hospital) Santa Izabel, mas não deu tempo”, contou o cunhado do policial, Nilton Andrade.
Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) informou que a morte do PM não foi decorrente da falta de vagas de UTI. “Ele foi submetido a procedimento cirúrgico, transfusões de sangue, mas devido a extensão das lesões, não resistiu aos ferimentos”.
Leonardo estava de folga no dia do crime. Segundo os familiares, ele levou o carro para lavar e resolveu parar para tomar uma cerveja com os amigos, em um bar próximo de casa. Dois homens entraram no estabelecimento e anunciaram o assalto. O PM reagiu e foi baleado pelos bandidos que conseguiram fugir.
No momento do crime, Leonardo estava acompanhado de outro policial, o PM Luiz Gustavo. Ele não ficou ferido. Leonardo estava há seis anos na corporação e trabalhava na Base Comunitária de Fazenda Coutos, pertencente a 19ª Companhia Independente de PM (Paripe). Ontem o pai do PM lamentou o crime. “Ele amava a profissão, gostava de ser policial. Quando escolheu esse profissão, ele foi a luta, estudou bastante até conseguir ser aceito”, contou o pai que pediu para não ser identificado.
Leonardo tem outros seis irmãos, era casado e pai de dois filhos, ambos de 2 anos. Segundo os amigos do PM, a esposa dele é integrante da Guarda Municipal e ele tem outros irmãos militares. Ontem, o governo do estado divulgou nota informando que a força-tarefa, criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), para elucidar crimes contra policiais, já tem indícios dos autores dos disparos contra o policial. (Correio da Bahia)
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