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Polícia do RJ impõe sigilo sobre operação mais letal da história
Polícia Civil do Rio de Janeiro colocou sob sigilo informações sobre todas as suas operações policiais, incluindo a realizada na Favela do Jacarezinho, no dia 6 deste mês, após decisão do Supremo Tribunal Federal que restringiu as incursões em favelas a casos excepcionais, durante a pandemia.
A ordem é para que o acesso às informações seja restrito pelo prazo de 5 anos.
Com 28 mortos – incluindo um agente policial–, a operação na favela da Zona Norte do Rio é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Moradores relataram invasão de casas, celulares confiscados e corpos deixados no chão no dia da ação. Também houve denúncias de suspeitos executados depois de terem se entregado.
A própria polícia informou sobre o sigilo imposto depois que foi solicitado pela mídia, via Lei de Acesso à Informação (LAI), que o material sobre a ação no Jacarezinho fosse disponibilizado.
Em resposta ao pedido de informações, a Polícia Civil enviou um ofício informando que a documentação solicitada possui “informações de caráter sigiloso, inerentes a planos e operações estratégicas de Segurança Pública a cargo da Sepol [Secretaria de Polícia Civil]”.
O documento é assinado pelo subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira. Junto com outros delegados, Oliveira havia participado da entrevista coletiva após a operação na favela.
Oliveira também afirma no documento que o conteúdo “pode comprometer e pôr em risco outras atividades de investigação”. E acrescentou que há “interação dessas peças junto ao Ministério Público estadual, sob caráter de sigilo”.
(G1)