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Policiais militares decretam greve por tempo indeterminado na Bahia
Os policiais e bombeiros militares da Bahia decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada no Wet’n Wild, no começo da noite desta terça-feira (15).
A categoria rejeitou as propostas apresentadas pelo Governo do Estado de reestruturação e modernização da Polícia Militar. A decisão foi anunciada pelo coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco. Antes, vários PMs já cantavam: “ôooo, a PM parou”.
Antes da assembleia, Marco Prisco, chegou a se reunir com o governador Jaques Wagner. O comando geral da Polícia Militar também se comprometeu a rever alguns pontos contestados pela categoria, como o Código de Ética e os processos disciplinares de PMs que participaram da greve no ano passado.
As opiniões antes da decisão divergiam. O major Ubiraci Vieira, da Associação dos Oficiais do Quadro Auxiliar, comentou a situação. “Por mim, não acontece greve”, disse. Ele estava otimista de que eles chegariam em um consenso, mas afirmou que a decisão dependia da categoria – mais de 10 mil policiais estavam no local.
Já o deputado estadual Capitão Tadeu criticou a postura do governador Jaques Wagner. “Tá tendo conversa direto, tanto o governo quanto as associações, nós estamos conversando diretamente, estamos com toda boa vontade negociando, mas o governador, parece que ele não entende o que está acontecendo, parece que ele tá vivendo no mundo da lua, a situação é crítica e ele acerta uma coisa e faz outra, ele e a equipe dele”, afirmou.
“A proposta dele tira parte dos absurdos que ele colocou no projeto, mas não altera a questão principal, que é melhorar o plano de carreira, porque um soldado não pode mais ficar com 28 anos sem promoção, como também a questão do salário. O governador fez planos de cargos e salários para diversas categorias, e pra Polícia militar ele deixou de lado”. Ele afirmou que os PMs querem a negociação. “Essa tropa que está aqui está querendo conversar, negociar, mas não quer ser enganada pelo governador mais uma vez”.
A categoria, que reúne pelo menos 34 mil homens na ativa no estado, reivindica melhoria salarial, mudanças na política remunerativa, plano de carreira, acesso único ao quadro de oficiais, um Código de Ética, aposentadoria com 25 anos de serviço para a Polícia Feminina, aumento do efetivo, bacharelado em Direito para os oficiais, além de elevação de toda a tropa para o nível superior entre 2014 e 2018.
O governo tem até 180 dias antes do início do período eleitoral para remeter ao Legislativo qualquer projeto que provoque alterações salariais de servidores.
A assembleia desta terça-feira contou com as diversas associações da categoria, como a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), a Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (Força Invicta).
O coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco, já havia afirmado que as propostas sugeridas pelo Governo não agradavam. “As propostas que o Governo ofereceu para a gente não contemplam a categoria”, disse. (Correio da Bahia)
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