Pontalzinho volta a ser palco da violência; menor executado com 15 tiros seria o alvo dos assassinos

A onda de violência continua a todo “vapor” em Itabuna e, desta vez, a movimentada praça do bairro Pontalzinho, no centro de Itabuna, voltou a ser palco de um crime aparentemente movido a muito ódio.

Só para se ter ideia, o protagonista dessa cena chocante, foi fuzilado com aproximadamente 15 tiros de pistola 380 – oito deles nas costas. Carlos Henrique Pedreira Fonseca, o “Guigo”, de 16 anos, estava bebendo com alguns amigos no Bar do Bigode, que também foram baleados. Abalada, a avó do adolescente disse que o neto já tinha sido apreendido uma vez por porte ilegal de arma e fez uma revelação, que pode se transformar em uma linha de investigação da polícia Civil.

Segundo a mulher, Carlos teria ameaçado de morte outro menor. O fato aconteceu este ano. Pelas circunstâncias com que o adolescente foi executado, tudo leva a crer que ele era, sim, o principal alvo dos assassinos. Uma das hipóteses, inclusive, é de que o homicídio tenha sido motivado por vingança. Mas, todos os detalhes ainda não passam de suspeitas.

Os sobreviventes do atentado – Cristiano Silva dos Santos, de 17 anos, que mora no bairro Corbiniano Freire, e Jonas Bispo dos Santos, de 29, morador do Santo Antônio foram socorridos para o hospital de Base e não correm risco de morte. O depoimento dos dois jovens poderá ajudar a esclarecer o caso.

Os moradores do Pontalzinho estão apavorados com a violência desenfreada na localidade. Só este ano, foram registradas cinco mortes, com essa, no bairro. Isso sem falar dos inúmeros feridos nos tiroteios. “Não estamos vivendo, estamos vegetando”, desabafou, indignado um morador.

O levantamento cadavérico foi realizado pelo delegado Jackson Silva. O perito Marco Antônio foi o responsável pela perícia técnica. De acordo com ele, foram encontrados na cena do crime nada menos que 27 projéteis de pistola calibre 380.