DE OLHO NO ESPORTE
Portões fechados: torcedor do Bahia se poupou de ver de perto mais uma atuação ruim do time
O triste silêncio que tomou conta da Fonte Nova era condizente com a campanha tricolor dentro de casa. O Bahia enfrentou o Coritiba, ontem, com portões fechados e repetiu a escrita do que fez em praticamente todo o primeiro turno jogando no estádio.
Nada de gols, belas jogadas ou comemorações. O empate em 0x0 com o Coritiba entrou em uma estatística nada empolgante e muito preocupante. Em 10 jogos como mandante no Brasileirão, o Bahia marcou apenas quatro gols. A equipe só encontrou o caminho das redes na Fonte Nova diante de Botafogo, Vitória, Goiás e Cruzeiro. E uma vez apenas contra cada um.
Pior. Esses quatro golzinhos não foram suficientes para o time sair de campo vitorioso diante de todos esses adversários. O tricolor só comemorou de verdade diante da equipe carioca e da goiana, únicos dois triunfos em casa no primeiro turno, conquistados na 3ª e 14ª rodadas.
Sim, o Bahia só venceu em casa nesta Série A duas vezes. Empatou três partidas e saiu de campo derrotado em outras cinco. Há sete jogos no comando do time, o técnico Gilson Kleina ainda não saiu da arena com um triunfo.
O fraco poder ofensivo do Esquadrão faz dele o dono do segundo pior ataque da Série A. Com apenas 11 gols, o Bahia só marcou mais que Criciúma, autor de nove. Nenhum dos atuais nove atacantes do elenco conseguiu se firmar como homem-gol no Fazendão. Com cinco gols, o volante Fahel segue como artilheiro do time na temporada. Um anfitrião tão receptivo dificilmente estaria confortável na tabela de classificação.
Na vice-lanterna, com apenas 17 pontos, o Bahia é o terceiro pior mandante desta edição do Brasileirão. Só não tem campanha pior dentro de seus domínios que Figueirense e que seu rival Vitória, respectivamente 12º e 20º colocados.
A punição pela superlotação no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, no dia 29 de maio, durante o jogo contra o Santos, cumprida ontem, evitou que a Fonte Nova fosse mais uma vez o palco de decepções presenciais. O torcedor tricolor sofreu, claro, mas teve o controle remoto da televisão como companheiro opcional para os momentos de maior aflição. Na quinta-feira, ele estará a postos novamente. Às 20h30, o Bahia enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão. Ao contrário da equipe baiana, o líder do Campeonato Brasileiro ainda não perdeu nenhuma dentro de casa. (Correio da Bahia)
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