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Preço da gasolina sobe pela 9ª vez no ano; Sindicombustíveis culpa população por omissão
Com um acumulado de 51% de reajuste em 2021, a Petrobras aumentou pela 9ª vez o preço da gasolina. O valor médio do litro do combustível passou de R$ 2,69 para R$ 2,79 nas refinarias, e já beira a casa dos R$ 7 para o consumidor final.
Em entrevista ao bahia.ba nesta quinta-feira (12), o presidente do Sindicombustíveis Bahia (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado), Walter Tannus, reforçou a critica aos reajustes da Petrobras e acusou a população de ser omissa à política de preços da estatal, que faz os reajustes baseados no preço do barril de petróleo em dólar.
“Sempre fomos contra essa política de preço adotada no governo Temer, de a Petrobras reajustar o preço do combustível no Brasil acompanhando a variação do dólar no barril do petróleo. Não houve ressonância da sociedade, que ficou omissa em sua grande maioria, com poucos se manifestando contra. Agora estamos pagando o preço. Estamos vendo a consequência dessa política altamente equivocada”, afirmou.
Com esse cenário, Tannus relatou que o setor de revenda vive seu pior momento da história. “Estamos muito preocupados. Cada dia que passa, analisando os dados, estamos vendo que a queda no consumo é grande. Vários postos trocaram de mão, como costumamos dizer. Ou seja, trocou de proprietário. Temos postos também fecharam. Talvez essa seja a pior situação que a revenda já viveu desde sua existência”, relatou.
Ao longo da pandemia de Covid-19, cerca de 5 mil pessoas que atuavam no setor foram demitidas na Bahia. Quando se leva em consideração as lojas de conveniência e os restaurantes, o Sindicombustíveis aponta para o fechamento de mais de 10 mil postos de trabalhos.
“Cabe à sociedade brasileira civil e organizada protestar, e não apenas o revendedor. O barril do petróleo está a 70 dólares, com tendência de mais alta. Temos o real perdendo o valor em relação ao dólar, o que faz essa tendência de alta do combustível da gasolina continuarem alta. Os revendedores já não sabem mais o que fazer. Já enxugaram, demitiram. Dificilmente se encontra uma conveniência aberta 24hs. É uma situação que preocupa bastante e que não conseguimos enxergar um horizonte positivo no futuro”, desabafou.