Bahia
Prefeitura esconde, mas Itabuna vive outra epidemia de dengue
Especialistas em dengue no sul da Bahia apontam que Itabuna vive uma nova epidemia da doença. O número de casos da doença explodiu.
Tanto o Pronto-Atendimento para pacientes da doença, no antigo Sesp, como hospitais já sentem a mudança ocorrida nos últimos dez dias.
O PA do antigo Sesp tem registrado superlotação constante. “Não sabemos o que o município está esperando para reconhecer esta nova realidade”, aponta um técnico, para quem há subnotificação da doença. “Nosso temor é que estes novos casos explodiram mesmo com grande parte da população estando, diríamos, imune por ter sido vítima da dengue em outros períodos”.
O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) já anunciava tendência de surto epidêmico em Itabuna, com 17,8%.
A situação é preocupante. E a tentativa de esconder esta realidade epidêmica é maior ainda. A tendência é que haja uma explosão de novos casos até o início de maio. Por enquanto, há comemorar apenas o fato de não ter sido registrado nenhum óbito.
O município também é criticado pela falta de material de trabalho e fardamento para os agentes de combate a endemias, contratados na última seleção pública. “Parece que foram pegos de surpresa pela dengue”. Outro problema detectado, além do baixo número de agentes, é o uso de uma técnica chamada de “bloqueio”, quando o larvicida empregado para o combate ao mosquito é aplicado na casa onde são detectados casos suspeitos de dengue.
“Estão abusando dos bloqueios mesmo em áreas onde há vários registros de dengue, não apenas de larvas”, condena um especialista ouvido pelo PIMENTA. “A cidade precisa, imediatamente, do fumacê. É isto ou teremos outra grande epidemia”.
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