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Preso em hospital ao se passar por médico, homem mandava áudios para família de policial vítima de acidente na BA: ‘Não está morto’

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O homem que foi preso enquanto se passava por médico, para ter acesso às informações sobre o estado de saúde do investigador Yago da França Souza Avelar, mandava áudios para a família do policial, com informações sobre o estado de saúde dele.

Yago sofreu um acidente na BA-233, na região da Chapada Diamantina, enquanto levava presos em uma viatura, na última sexta-feira (4). O investigador está internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, nesta quarta-feira (9). No capotamento, Dois policiais morreram e quatro detentos ficaram feridos.

 

Quando foi encontrado pela polícia, o falso médico estava vestido de jaleco e usava um estetoscópio. Dessa forma, ele teve acesso à UTI onde o policial está internado e passou a fornecer informações a familiares sobre o quadro de saúde do investigador.

A família de Yago divulgou os áudios que recebeu do falso médico. O nome do homem não foi divulgado pela Polícia Civil. Na gravação, o suspeito afirma que a morte cerebral do investigador não é real e que ele está vivo.

“Fique tranquila, porque Yago está vivo. Ele não está morto. Essa morte cerebral que foi decretada a ele não é real. Existe a possibilidade de vida, porque o coração dele está batendo perfeitamente sem medicamento, o pulmão dele está respirando sem medicamento. Ele está lutando a favor da vida. Então fique tranquila porque Yago não morreu, está vivo. Se coloque em oração, porque ele está vivo”, disse ele no áudio.

 

O falso médico foi autuado em flagrante por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. A polícia instaurou inquérito e vai apurar também o acesso ao HGE. A polícia ainda não sabe o que ele pretendia com as gravações.

Morte cerebral

 

Polícia Civil volta atrás e nega morte cerebral de agente envolvido em acidente na Chapada Diamantina  — Foto: Redes sociais

Polícia Civil volta atrás e nega morte cerebral de agente envolvido em acidente na Chapada Diamantina — Foto: Redes sociais

No sábado (5), a Polícia Civil confirmou a morte cerebral do investigador, mas voltou atrás na terça-feira (8). Em nota, a polícia informou que um médico da equipe que atende Yago pediu novos exames antes de atestar a morte cerebral.

“No sábado (5), a equipe médica que tratava o servidor informou à família e ao Departamento Médico da Polícia Civil sobre a morte encefálica, sendo iniciado o processo de realização do protocolo de morte encefálica, que inclui exames clínicos e complementares, como de imagem, por exemplo”, informou a nota da Polícia Civil.

“Um médico, então, decidiu solicitar novos procedimentos e investigar o estado de saúde do servidor de maneira mais aprofundada antes de atestar o encerramento de suas atividades cerebrais”, complementou a nota.

 

Yago da França Souza Avelar tem 39 anos, é casado e não tem filhos. Ligado a atividades culturais, ele desenvolve atividades percussivas e fez parte do Grupo Ganhadeiras de Itapuã. No acidente em que ele ficou ferido, morreram os policiais Kleber Correia Cardoso, de 42 anos, e Matheus Guedes Malta Argolo, de 31.

(g1 bahia)

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